quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Casa onde foi fundada a umbanda, em São Gonçalo, será demolida esta semana

Escrito por Karla Leandro Rascke

Seg, 03 de Outubro de 2011 21:16 A estrutura metálica já está pronta para receber o telhado do novo galpão que vai ocupar o número 30 da Rua Floriano Peixoto, em Neves, São Gonçalo. Dentro do terreno, uma casinha centenária aguarda a demolição marcada, segundo o proprietário, ainda para esta semana.

Poderia ser uma simples obra, não fosse um detalhe: a casa rosa, com a pintura já castigada pelos anos, é a última testemunha do nascimento da umbanda. Foi no imóvel — que ocupava o centro de uma chácara, no início do século XX —, que Zélio Fernandino de Moraes, então com 17 anos, dirigiu a primeira sessão da religião.

Era 16 de novembro de 1908. A umbanda é a única manifestação religiosa 100% brasileira. — A demolição nos deixa muito decepcionados, pois perdemos uma referência da chegada da mensagem do Caboclo das Sete Encruzilhadas — diz Pedro Miranda, presidente da União Espiritista de Umbanda do Brasil, em referência à entidade que orientou Zélio a fundar a religião.Espíritos tristesA notícia também surpeendeu a mãe de santo Lucília Guimarães, do terreiro do Pai Maneco, em Curitiba, Paraná.

Na década de 1990, ela veio ao Rio para pesquisar as origens da religião.— Imagino que até os espíritos estejam tristes. É uma pena — lamenta ela. Há mais de cem anos com a família de Zélio, o imóvel onde surgiu a umbanda foi vendido recentemente para o militar Wanderley da Silva, de 65 anos, que pretende transformar o local em um depósito e uma loja.

— Eu nunca soube que a casa tinha essa história. Mas agora já comprei, investi, não posso deixar de demolir — explica-se.

Segundo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), nunca houve um pedido de tombamento do imóvel. A antiga casa de Zélio também não é protegida pelo governo estadual ou pela Prefeitura de São Gonçalo.De acordo com a última avaliação do IBGE, feita no Censo 2000, o Brasil tem quase 400 mil umbandistas. A religião está em todos os estados do país e também no Uruguai, Paraguai, Argentina, Portugal, Espanha e Japão.

‘Tudo acabou’

O terreiro de Zélio de Moraes — que recebeu o nome de Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade — funcionou por poucos anos em São Gonçalo. Os primeiros umbandistas mudaram-se logo para o Rio de Janeiro.Primeiro, o centro funcionou na Rua Borja Castro, na Praça Quinze.

A rua foi extinta, na década de 1950, para a construção da Perimetral. Dali, foram para a Avenida Presidente Vargas. O imóvel também foi demolido, dessa vez para dar lugar ao Terminal Rodoviário da Central do Brasil.Uma nova mudança e mais uma demolição. A casa 59 da Rua Dom Gerardo, em frente ao mosteiro de São Bento, virou um estacionamento.

— Tudo acabou, eram prédios muito antigos. Lamento que o último registro também vai desaparecer. Mas o mais importante é que os ensinamentos do meu avô se perpetuem — pediu a neta de Zélio, Lygia Cunha, que hoje preside a Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade.

O terreiro agora funciona em uma sede própria, em Cachoeiras de Macacu, no interior do estado.Capela de São PedroAntes de ser vendida, a casa onde nasceu a Umbanda abrigou uma capela católica.

A última moradora do imóvel, uma descendente de Zélio que é muito católica, cedeu o espaço para os devotos. Quem administra a igrejinha — que também mudou de endereço — é dona Geraldina dos Santos, de 74 anos.— Não tenho preconceito, não.

Todos somos filhos de Deus. Se a religião nasceu lá, a casa devia ser preservada. É importante — disse.

Fonte: http://extra.globo.com/noticias/rio/casa-onde-foi-fundada-umbanda-em-sao-goncalo-sera-demolida-esta-semana-2682118.html

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Tempo de amolar o machado



Conta-se que um jovem lenhador ficara impressionado com a eficácia e rapidez com que um velho e experiente lenhador da região onde morava, cortava e empilhava madeiras das árvores que cortava.


O jovem o admirava, e o seu desejo permanente era de, um dia, tornar-se tão bom, senão melhor, que aquele homem, no ofício de cortar madeira.


Certo dia, o rapaz resolveu procurar o velho lenhador, no propósito de aprender com quem mais sabia.


Enfim ele poderia tornar-se o melhor lenhador que aquela cidade já tinha ouvido falar. Passados apenas alguns dias daquele aprendizado, o jovem resolvera que já sabia tudo, e que aquele senhor não era tão bom assim quanto falavam.


Impetuoso, afrontou o velho lenhador, desafiando-o para uma disputa: em um dia de trabalho, quem cortaria mais árvores.


O experiente lenhador aceitou, sabendo que seria uma oportunidade para dar uma lição ao jovem arrogante.


Lá se foram os dois decidir quem seria o melhor.


De um lado, o jovem, forte, robusto e incansável, mantinha-se firme, cortando as suas árvores sem parar.


Do outro, o velho lenhador, desenvolvendo o seu trabalho, silencioso, tranquilo, também firme e sem demonstrar nenhum cansaço.


Num dado momento, o jovem olhou para trás a fim de ver como estava o velho lenhador, e qual não foi a sua surpresa, ao vê-lo sentado.


O jovem sorriu e pensou: Além de velho e cansado, está ficando tolo. Por acaso não sabe ele que estamos numa disputa?


Assim, ele prosseguiu cortando lenha sem parar, sem descansar um minuto.


Ao final do tempo estabelecido, encontraram-se os dois, e os representantes da comissão julgadora foram efetuar a contagem e medição.


Para a admiração de todos, foi constatado que o velho havia cortado quase duas vezes mais árvores que o jovem desafiante.


Este, espantado e irritado, ao mesmo tempo, indagou-lhe qual o segredo para cortar tantas árvores, se, uma ou duas vezes que parara para olhar, o vira sentado e tranquilo.

Ele, ao contrário, não havia parado ou descansado nenhuma vez.

O velho, sabiamente, lhe respondeu:

Todas as vezes que você me via sentado, eu não estava simplesmente parado, descansando. Eu estava amolando o meu machado!

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Um pouco de nossa história...

O Centro de Umbanda Cavaleiros de Ogum , carinhosamente chamado por nós de Cuco, é uma sociedade religiosa, sem fins lucrativos, fundada no plano físico em 10 de março de 2009. O templo se localiza na Quadra 14, conjunto F, casa 10 do bairro de Arapoanga em Planaltina, Distrito Federal.

A Casa tem por objetivos: praticar a caridade, seja de ordem espiritual ou material, difundir a doutrina umbandista e prestar, sem distinção ou cobrança monetária, assistência àqueles que necessitarem. No campo espiritual, o Cuco é dirigido pelo Sr. Ogum Beira – Mar, Caboclo Sete Flechas, Pai Cipriano das Almas e Exú Tranca Ruas das Almas, sendo Oxum o orixá regente do templo.

No campo espiritual, o compromisso de fundação da Casa foi firmado, ainda no ano de 2008 (dia 07 de junho), entre o próprio patrono do tempo, Senhor Ogum Beira-Mar, e o pai pequeno e primeiro presidente do Centro, Diogo Alberto de Sá. Na ocasião, o guia, incorporado no zelador espiritual, Danilo Molina, discursou a respeito da necessidade de instalação física de uma casa de caridade a serviço das leis divinas e se comprometeu a mobilizar esforços do lado espiritual para a estruturação do templo.

O desafio foi, então, aceito de imediato pelo nosso pai pequeno. Nesta reunião mediúnica, também estava presente a filha de fé Renata Mendes Molina. Dentre as orientações repassadas pelo Senhor Ogum, naquela noite, ficou a obrigação de estruturar energeticamente a corrente mediúnica e foi dado o prazo de sete anos para a abertura oficial da casa para o público. A única exigência feita na época foi a de que a inauguração do Cuco fosse em uma festa de Ogum, prazo que se dá em 23 de abril de 2014.

Então, começou o trabalho de firmeza energético do templo com sessões mediúnicas tanto na residência do zelador espiritual, quando na do pai pequeno da casa. Nesse meio tempo, novos membros foram se incorporando a correte, como nosso ogã Caio Molina, e o trabalho espiritual de organização do templo foram crescendo.
Com a doação do terreno, em 2009, viu-se a necessidade de constituição jurídica do templo para que a casa pudesse, oficialmente, se tornar proprietária do lote onde funcionaria o templo. Então, a fundação oficial do Cuco aconteceu em 10 de março de 2009.

Neste ponto, não podemos deixar de citar a participação fundamental de três pessoas: Adílson Silva, Maria Adelia da Silva Molina e Walter Molina. Foram esses três sócios beneméritos que viabilizaram a execução da construção física do nosso templo. Também foi durante a época da construção que nosso irmão de fé Leandro ingressou na corrente e recebeu a atribuição de ser o caseiro do Cuco.

Vale lembrar, que toda a estrutura física do templo também seguiu orientação da cúpula espiritual da Casa. A localização de cada uma das casinhas e pontos de forço do terreiro foi designada pelos próprios guias, assim como a forma de realizar e proceder o assentamento de cada uma dessas firmezas.

Com o andamento dos trabalhos mediúnicos, os membros da corrente e freqüentadores do templo sentiram necessidade de um maior entendimento sobre a doutrina umbandista. Foi daí que nasceu o evangelho do Pai Cipriano.

Uma vez por mês, os filhos de fé se reuniam com o Pai Cipriano das Almas para receber orientação sobre doutrina da Casa e informações sobre a própria religião, além de poderem tirar dúvidas sobre a espiritualidade com o próprio vovô. Foram justamente nesses evangelhos que o nosso irmão Henrique e, posteriormente, as nossas irmãs Ana Paula e Ana Lívia receberam a missão de constituir o grupo de doutrina.

Esse grupo é responsável pelo curso de formação de todos os novos médiuns que desejam ingressar na corrente do Centro de Umbanda Cavaleiros de Ogum. Todos ensinamentos repassados pelo grupo de doutrina são fundamentados nos evangelhos do próprio Pai Cipriano das Almas.

Temos, ainda, a missão de evoluir junto com os nossos guias e protetores espirituais. Afinal, não é apenas de tijolos e cimento que uma obra de caridade é constituída, mas sim de toda fé e dedicação dos filhos de fé em Oxalá.

Agora, com o templo já construído, temos o dever de estruturar e equilibrar energeticamente nossa corrente mediúnica. Pois, devemos estar prontos para o momento em que as portas do templo forem abertas para todos. Afinal, é preciso fazer o bem sem olhar a quem. É nosso dever sabermos todos os procedimentos e posturas da Casa. Afinal, seremos exemplos para os futuros filhos de fé e freqüentadores do templo.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Paz

Oxalá é quem governa o mundo
Só ele pode governar
Foi ele quem nos deu a luz
Clareou a Umbanda e os nossos Orixás
Foi ele quem nos deu a luz
Clareou a Umbanda e os nossos
Orixás.Oxalá, Oxalá, Oxalá
Abre os caminhos pra seus filhos trabalhar,
Oxalá.Oxalá,Oxalá, Oxalá
Abre os caminhos pra seus filhos trabalhar.

Itálico

terça-feira, 10 de maio de 2011

Comportamento do médium umbandista

Reforma íntima

A partir da ciência de sua mediunidade e do compromisso de colocá-lo a serviço da espiritualidade, o médium deverá conscientizar-se da própria necessidade de melhorar comportamentos e atitudes no dia a dia, que automaticamente refletirão de modo positivo nos trabalhos que realizará no templo e em sua vida como um todo.

Quando alguém assume o grau de médium, dele também é exigido que purifique seu íntimo, que reformule seus antigos conceitos a respeito da religiosidade e que se porte dignamente, de acordo com o que dele esperam os orixás sagrados, que o ampararão daí em diante.

A transformação interior é o caminho correto da vida, o caminho da retidão, o caminho da fé e da vontade, o caminho da luz. Em nossa mente e em nosso coração não deve haver separação entre mundo material e espiritual; não há tempo para a matéria e um tempo para o espírito, pois o valor da vista está na eternidade. A qualidade de tudo é universo de Deus.

A prática religiosa deve ser um ato sagrado o tempo todo, levando a simplicidade da vida para dentro do nosso coração e tornando sagrado o nosso mundo, as nossas ações, os nossos momentos. Não é preciso “arranjarmos tempo” para praticar a religião, o necessário é transformarmo-nos interiormente, buscando nossa verdadeira natureza e identidade, a cada momento, expressando isso na criação de um mundo melhor. É preciso purificar o corpo físico e o coração.

Purificação do corpo

A purificação do corpo implica comportamento limpo, claro e aberto, dar carinho e servir aos outros, fazendo de nós um modelo a ser seguido. Significa não ir à busca do prazer da gula, não falar palavras fúteis, desrespeitosas ou sobre os erros dos outros; não promover discórdias; mas sim, incentivar as pessoas a fazerem as coisas certas; falar palavras reconciliadoras; ser educado, amoroso, suave, delicado, afável, e benevolente; não falar alto e grosseiramente. Implica, ainda, o consumo de alimentos depurativos do sangue e curativos e a suspensão de vícios e maus hábitos.

Nos dias de trabalho estamos para Deus. Certos cuidados são exigidos: não ter relação sexual por pelo menos 24 horas antes; não ingerir bebida alcoólica e/ou outras substâncias prejudiciais a saúde , sejam elas legais ou ilegais; evitar o consumo de carne de qualquer espécie (principalmente carnes vermelhas). A alimentação deve ser leve, pois refeições pesadas ou picantes demais trazem distúrbios orgânicos e energéticos que desvirtuam o trabalho do médium, interferem na concentração e despertam emoções mais densas.

O excesso de alimentação produz odores desagradáveis pelos poros, pela saída dos pulmões e do estomago. O álcool e outras substâncias tóxicas conturbam os centros nervosos, entorpecendo a mente, anulando a percepção extra-sensorial e alternado certas funções psíquicas. Também abrem o campo mediúnico às vibrações negativas e estimulam o emocional dos médiuns.

Os procedimentos de resguardo visam desobstruir os pontos de captação de energias e afinizar a vibração do médium em seus padrão pessoal. Quanto mais puro em suas energias, mais facilmente o médium sintonizará, vibratoriamente, as irradiações dos orixás e isto, se feito continuamente, se expressará na saúde do médium, tornando-o menos suscetível às doenças.

Purificação do coração

A purificação do coração, enquanto fonte de consciência do ser humano, ocorre com a preservação do pensamento limpo e sem defeito. Para isso, devemos desenvolver a sinceridade, o respeito, a humildade, a gratidão, a harmonia, o contentamento, a misericórdia, a compaixão, a abnegação e o perdão, no entanto sem aplacar o sentimento de revolta contra as injustiças e a miséria.

Este mundo transitório da matéria deve ser entendido como uma dádiva, para podermos enxergar nossa verdadeira dimensão e caminhar para a comunhão com a consciência divina. Em nossa prática do dia-a-dia, temos de ser, nós mesmos, uma fonte de luz.

O ciclo reencarnacionista é uma das vias de evolução, sob irradiação dos sagrados orixás, na qual todo e qualquer espírito tem a possibilidade de percorrer um caminho de infinito aperfeiçoamento, tanto no plano material, quanto no plano espiritual.

O sentido da vida está em ajudarmos no equilíbrio de nossos semelhantes. Aqueles que se tornaram conhecedores da Lei e já conquistaram seu equilíbrio buscam a essência do Criador nas coisas mais simples; sacrificam-se pelos semelhantes, sem nada esperar em troca; preocupam-se em não depredar a natureza. Integram-se por inteiro ao ancestral místico, sabendo que tudo é parte do mesmo corpo de Olorum.

A nós umbandistas, cabe purificar o nosso íntimo, renovar a religiosidade e a fé nos sagrados orixás, no nosso meio humano, sofrido e desencantado com tantas injustiças sociais. Temos que lidar, simultaneamente, como o nosso íntimo e com o nosso meio, sem nos dissociarmos de nada ou de ninguém a nossa volta. É fundamental que conquistemos os dons, as virtudes e a harmonia para o nosso planeta, retornando à simplicidade de cultuar Deus, de sermos responsáveis pela vida e auxiliares do nosso Divino Criador. Se essa for a prática cotidiana na vida do médium, torná-lo-á inacessível aos espíritos trevosos e às vibrações negativas.






Fonte: Manual Doutrinário. Ritualístico e Comportamental Umbandista - Lurdes de Campos Vieira com supervisão de Rubens Saraceni

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Salve Ogum Guerreiro de Oxalá...

Com as benção de nosso patrono Ogum Beira-Mar vamos retomar os trabalhos mediúnicos da nossa casa. Espero que nesta retomada de jornada, a carroagem de fogo de nosso pai Ogum possa cruzar o céu das nossas vidas e abençoar os caminhos de todos os membros do Centro de Umbanda Cavaleiros de Ogum.

Que a espada de ferro do grande guerreiro da umbanda corte todos os pensamentos e energias que nos impedem de evoluir e caminhar no rumo da luz. Mesmo que para isso tenho que cortar nossa própria carne. Que seja feita sua vonta, grande guerreiro de Oxalá!

A primeira espada quem ganhou foi ele
Mas ele é, ele é Ogum Megê!
Que vem na terra pra seus filhos proteger.

Ogunhê, meu pai!

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Os verdadeiros umbandistas

Falam em tantas Umbandas: branca, esotérica, popular, traçada, de nação, omolokô, umbandomblé, candomblé de caboclo, evangelizada, kardequizada, iniciática e outras mais. O que é Umbanda então? Se são tantas, porque cada qual teima em dizer que somente a sua, aquela que ele pratica, é a verdadeira?
Origens, respondem todos em uníssono! Esta seria a solução para os problemas! E qual a origem da Umbanda verdadeira? Lá vamos nós novamente viajar por inúmeras teses. Negros Africanos, Sumérios, Atlântida, Astros, Planetas Diversos, Seres Extraterrenos, Anjos Celestiais, etc... Mas será que isso tudo é importante? Por que temos que precisar ou determinar qual das Umbandas é a mais ou a unicamente correta? Quem sabe não são mesmo várias Umbandas, totalmente diferentes umas das outras. Ou, ainda por outro lado quem sabe, ela é somente uma mesmo, apenas com várias ramificações! E porque seria assim?


Afinal de contas todas as demais religiões não são únicas? Serão mesmo? Vejamos: a Igreja Católica divide-se em uns cem números de ramificações, das tradicionais às mais atuais. Tem a Apostólica Romana, Apostólica Brasileira, Carismáticos, Ortodoxos e outras. E todos se denominam como? Católicos! Nada mais!


Se as conversas convergem para fundamentos religiosos, aí sim quando sabem, denominam-se especificadamente. E os Evangélicos? Autodenominam-se Cristãos! Antes eram Crentes, agora não gostam mais dessa denominação, afinal de contas, os praticantes das demais religiões também o seriam, já que todos os que crêem em Deus, Crentes como eles seriam. Mesmo que seja aplicada de igual forma em relação a Cristãos o entendimento sobre outras religiões, parece esta denominação genérica a que mais os diferenciam das demais. Mas e entre eles próprios, existem diferenças entre as denominações? Sim e não são poucas. Batista, Adventista, Assembléia de Deus, Testemunha de Jeová e outras mais novas. E nós, os Umbandistas, e porque não dizer Espíritas, não podemos ter também várias denominações ou entendimentos? Opa! Espere um pouco! Umbandistas ou Espíritas? Lá vamos ter outra briga séria com alguns de nossos irmãos Kardecistas. Afinal de contas, de acordo com alguns deles, somente são espíritas os que seguem a doutrina espírita desenvolvida por Allan Kardec.


Mas qual a definição de Espírita? De acordo com o próprio Allan Kardec, que no livro dos médiuns, assim define Espírita. "Espírita, é aquele que crê no espírito e nas suas manifestações". Assim todo aquele que acredita nesta máxima, do ponto de vista do próprio Kardec, então será espírita.


Devemos apenas nos preocupar em sermos bons espíritas. Coisa que, infelizmente muitos irmãos, sejam Umbandistas, Kardecistas ou outros, ainda não se preocupam como deveriam. Mas voltemos aos nossos próprios problemas. Já temos bastantes deles entre nós para que nos preocupemos com outros externos! O que é mais importante numa religião? De onde ela vem ou para onde ela vai? Que interessa o berço em relação ao trabalho futuro. Será mais importante a caridade do irmão de poucas posses do que a oração do mais abandonado? Se formos olhar bem a fundo cada uma das diversificações de nomes ou qualificações das diversas Umbandas, veremos que em todas elas manifestam-se entidades espirituais semelhantes, tais como os Caboclos, Pretos Velhos, Exus, Crianças e Orixás. Uma religião que prima pela Caridade, Humildade e Amor, não poderia se dividir tanto entre seus filhos.


Discutem se o Caboclo pode ou não pode usar cocar, se o Preto-Velho pode ou não pode usar chapéu, se Exu é guardião ou apenas mensageiro e deixa-se muitas vezes de perceber e até mesmo de cobrarem a si próprios se a caridade que estão praticando ou intermediando é real. Será que chegar ao centro já olhando que horas são, pois o médium tem um compromisso inadiável mais tarde, permitirá ao Caboclo praticar uma boa caridade utilizando aquela matéria tão apressada?


Será que a humildade do Preto-velho terá capacidade de influenciar uma pessoa acometida de mau momento ou dor física, a ter calma ou perdoar a quem a tenha ofendido, vibrando numa cabeça que o encara não como um escravo simples, que pela dor alcançou a luz, mas sim como um majestoso soberano que não poderia imaginar como tamanha fraqueza de pensamentos pode assolar estas ínfimas criaturas.


E ainda sobre o Caboclo, o qual na concepção daquele médium não é índio, mas médico ou um antigo rei de uma civilização ainda desconhecida, poderá atuar sobre quem o considera apenas um índio forte e garboso? E Exu? Ele que em algumas casas mais sofisticadas é Guardião, entidade de alta luz que tem trânsito livre entre todos os ambientes vibracionais, liberando ou aprisionando almas ainda em decomposição moral, e que nas casas mais populares é apenas um enviado de entidades, ou mesmo um serviçal incumbido de levar e trazer as cascas grosseiras dos restos dos trabalhos espirituais, descarregando-os nos lodaçais espirituais no baixo astral de onde ele pode até sair, mas não poderá ir tão alto, para que as luzes espirituais dos ambientes muito elevados não o ceguem. E se saísse, o que faria? Sua fraqueza espiritual não o permitiria enxergar mesmo os seres iluminados de outras diretrizes. Será mesmo que as entidades se preocupam com estas diferenciações? Não! As entidades espirituais são seres de luz, são apesar de ainda imperfeitos na evolução espiritual, conhecedores da visão mais iluminada da caridade. Eles não se preocupam com as roupas que a eles queremos impor. Para eles o que importa é o amor, a união, a elevação.


Irmãos! Que divisão nada! A Umbanda é única! Ela é perfeita! Tão perfeita que se adapta a tantas interpretações, tão linda e majestosa, que aos olhos de cada um mostra a luz da maneira que possa ser percebida. E suas origens são mesmo polêmicas, mas não traduzem os maiores ideais da religião: Caridade, Humildade e Amor. Que se busquem historicamente as origens, mas não contaminemos nossa prática religiosa com nossas próprias imperfeições, com nossos próprios preconceitos, com nossos próprios interesses pessoais.


Ao invés de subdesenvolvido, que tal tradicional? Ao invés de cultos exagerados, que tal criteriosos? Ao invés de discussão, que tal aceitação? Não seremos menores se Africanistas, ou maiores se Iniciáticos! Mais capazes, se optarmos por fundamentos de nação ou menos capazes, se seguirmos os ensinamentos à luz Kardequiana! Seremos sim maiores ou menores, se levarmos em consideração a caridade que conseguirmos praticar! Muitos se mostram prontos para uma verdadeira luta na intenção de resgatar a verdadeira Umbanda, outros pretendem livrá-la de influências negativas de outras religiões.


Vamos fazer mais que isso! Vamos praticar a nossa Umbanda, aquela que nos toca ao coração com sentimentos de amor e caridade. Vamos mostrar esse amor a todos os nossos irmãos. E aí quem sabe, teremos uma Umbanda única e verdadeiros Umbandistas.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Ogum... Toma conta de mim!



Se te propões a colaborar no levantamento do bem de todos, não desistas de agir e servir.

Momentos sobrevirão em que o teu campo de atividades parecerá coberto de sombras e sentirás talvez o coração trânsido de lágrimas.

Ainda assim, não te marginalizes.

Chora, mas prossegue lutando e trabalhando pelo bem comum.

Se tropeças, reajusta-te.

Se cais, levanta-te e continua em serviço.

Se desenganos te requisitam, torna ao replantio de esperanças maiores e segue adiante, amando e auxiliando no melhor a fazer.

Relacionando as dificuldades que todos trazemos, por enquanto, nos recessos do ser, é justo considerar que a vitória em nós e sobre nós ainda nos custará muito esforço de construção e reajuste, entretanto, para altear-nos ao ideal do bem, fixando energias para sustentá-lo, recordemos o Cristo de Deus; regressando, depois da morte, à convivência dos discípulos, Jesus nem de longe lhes assinala as deficiências e as fraquezas e sim lhes reafirma em plenitude de confiança:


– “Estarei convosco até o fim dos séculos.”


Emmanuel

quinta-feira, 17 de março de 2011

Médiuns Inconscientes?


Alegar que médiuns que são conscientes mais afirmam ser inconscientes por uma questão de vaidade apenas, é fechar os olhos para uma triste realidade de nossos terreiros; a ignorancia pautada no misticismo e falta de estudos sobre suas prórpias capacidades. Sabemos perfeitamente que a Mediunidade na Umbanda vai muito mais além do que Orkut, Internet, livros, apostilas, materiais didáticos sobre mediunismo, grupos de estudos e uma educação teorica sobre o assunto. A verdade é que a grande maioria das pessoas , sejam umbandistas, e de um modo geral, não tem acesso a livros, a leitura, e a grupos de estudos que lhes propicie um esclarecimento amplo de tantas fontes competentes que atualmente abordam o assunto MEDIUNIDADE , SEUS MECANISMOS E APLICABILIDADE.

O desenvolvimento é apenas “a moda antiga”, – bota roupa entra na roda e deixa o “Santo pegar”. E antigamente , também sabemos bem que o misticismo , desinformação e falta de uma preocupação em amplicar e obter conhecimentos sobre mediunidade era nulo. E até hoje existem PDS /dirigentes que nem sabem o que seja psicofonia (o que em momento algum desabona seu trabalho enquanto médium), mas só passamos o que temos aos nossos filhos. Se eu nada sei sobre mediunidade, nunca me instrui sobre o assunto, o que posso passar a meus filhos ??? O que aprendi…. pautado em MINHAS EXPERIENCIAS PESSOAIS MEDIUNICAS… que sabemos hoje que cada um , tem a sua propria experiencia e a forma que a mediunidade se apresenta pra mim, não será igual a que se apresenta pra você. Sentirei -a de forma diferente.

E antigamente , como ninguem tinha uma preocupação com um estudo sobre o assunto, havia muita nebulosidade sobre o assunto. Acreditava-se de que eramos “possuidos” pelo espírito.
De que ao estarmos em transe, mediunizados o espirito entraria em nós e tomaria nossa mente, nossa consciencia, e que ao retornarmos , de nada lembraríamos. Claro que as manifestações espírituais outrora, eram mais ‘intensas” e médiuns inconscientes eram mais comum que nos dias de hoje, principalmente em termos de Umbanda, que as manifestações tem um carater mais consciente do que outras manifestações religiosas intercambiáveis espiritualmente falando.

E até hoje, a grande maioria das pessoas acreditam que ao estarmos incorporados, de nada lembramos, pois o espírito toma conta de nós e so voltamos quando o mesmo deixa nosso corpo.
Essa crença é fruto de mais de 70 por cento dos médiuns iniciantes e ela é a causa primária da grande dúvida que atormenta dos médiuns que sentem suas primeiras manifestações. ” será que era eu ou era minha entidade ? Acho que era eu mistificando , porque eu via e ouvia tudo”. E acreditem, muitos vivem em completo tormento e martírio, acreditando que está mistificando , pelo simples fato de ver e ouvir tudo o que se passa, ao estar sob influencia da entidade. Por medo de perguntar e ser taxado de mistificador, se cala e segue seu desenvolvimento baseado no medo e desconfiança de si mesmo. Descrente e duvidoso se de fato, é médium , ou está sendo influenciado pelo sua propria mente. Muitos abandonam e os que n conseguem deixar o trabalho medíunico, escondem sua consciência por anos, por medo de serem acusados de charlatãos e marmoterios. Porque ocultar sua consciência ? Segunda causa observada. Ainda sem sair desse âmbito de desinformação que é , infelizmente, reinante na Umbanda e seus frequentadosres (assitências, estes mesmos é que não tem obrigação de entender ou procurar entender sobre mediunidade), e a crênça que “se tá MESMO com santo, não vai lembrar de nada”…. O assitente acredita fielmente de que ao estar com a entidade é somente ele e a entidade. E sente-se seguro e confiante em se abrir sobres seus segredos mais íntimos e as vezes “cabeludos”. Muitas vezes, se ele souber que o médium também está ali, ele certamente acharia que tudo não passa de enganação. Pois o que ele sempre ouviu falar e que não se sabe de nada quando estamos incorporados com nossas entidades. E a própria entidade não conseguiria atingui-lo, ou seja, não conseguiria a confiança dele, para poder o ajudar.

E muitas vezes deixa-se de socorrer um pessoa por uma causa , ao meu ver, pequena. Muitas vezes para ministrar um remédio curador, é preciso dizer ao doente que é água. Certos vícios , não se desvincula assim de uma hora pra outra. Principalmente quem está de fora, ou seja, no caso dos assistentes, os socorridos da umbanda, não tem obrigatoriedade de conhecer mecanismos mediúnicos, e mais ainda , nossos fundamentos. E náo será num dia, que todas as ideias mistificadas de anos e anos , do ouviu a avô dizer, a bisavô, o tio, vai de dissipar assim. Porém no caso do médium , este sim , tem obrigação de saber, conhecer e repassar a seus irmãos.

SER CONSCIENTE, LEMBRAR , VER E OUVIR TUDO O QUE A ENTIDADE FALA E FAZ DURANTE O PROCESSO INCORPORATIVO, É NORMAL, NATURAL E MUITO MAIS DA METADE DOS MÉDIUNS PASSAM PELAS MESMAS COISAS. MESMO OS QUE JURAM QUE DE NADA LEMBRAM. VOCÊ NÃO É LOUCO NEM MARMOTEIRO PORQUE OUVE TUDO O QUE A ENTIDADE DIZ AO CONSULTAR ALGUÈM.

Embora todos os estudos que há atualemente sejam insuficientes ainda para comprovar ou afirmar tais teorias sobre a psicofonia/incorporação e fenômenos mediunicos com relação a consciência /inconsciencia…..Alguns elementos que podemjos observar que ainda são retrados de “IDEIAS MITICA”, EQUIVOCADAS ou sem nenhum embasamento amplo e coletivo, apenas obervações individuais, mediantes capacidades proprias de um determinado individuo. Por exemplo; a relação que se faz entre consciência e domínio maior por parte do espírito comunicante. Acredita-se que ao estarmos inconscientes, o espírito nesse caso, teria total domínio do corpo do médium, que um médium consciente por exemplo não poderia oferecer. Engano.

Ter ou não dominio do corpo do médium e este ficar sem poder ter nenhum tipo de controle de seu corpo, NADA TEM A VER COM NIVEIS DE CONSCIENCIA. Uma entidade pode ter controle do corpo do médium, deixa-lo impotente, sem poder exercer seus movimentos por vontade própria sem que em nenhum momento , este médium perca a consciência do que está ocorrendo. Logo, ser inconciente ou não……não está via de regra , relacionado com dominio total ou mesmo parcial do espirito sobre o médium. Ledo engano é , achar que a comprovação de uma incorporação de fato e real, está em nossa inconsciência… muitos mediuns iniciantes rezem, oram , imploram pra pelo menos um dia, ficarem inconcientes, pois so assim , eles passariam a acreditar em sua propria capacidade e acabaria com tanto tormento. Porém, ficar inconsciente ou não, não alega nem prova nada. O que , se fosse algum projeção de sua mente apenas, ele poderia inconscientemente , perfeitamente bloquear sua memória durante o “suposto transe mediunico” e de nada ele lembraria , após a “suposta incorporação.

Tal qual alguns disturbios psiquicos e psicologicos provacam perda da memoria em paciêntes com tais disturbios, como dupla ou multipla personalidade. Que causa total ausencia de memória durante a manifestação de outra personalidade do paciente, que de nada lembrará. Porém, perder os movimentos motores e controle dos orgãos da fala, é o primeiro fato comprobatório de que há uma força , além de nossa mente que age sobre nós, direcionando nossos movimentos com vontade propria e que é inteligente, pois pode manifestar individualidade , aquem de nossa propria inteligencia e saber. O que ficaria muito mais díficil , ser uma caraterização de nossa mente agindo, pois , inconscientemente , não é algo que queremos ou imputimos em nós, como no caso dos disturbios psicológicos, que por mais que naquele momento seja algo aquem de nossa vontade, é criação de nosso querer , de nossa vontade , mesmo que não tenhamos consciência disso.

O ser humano é UNO. Ele não pode manifestar uma inteligencia além da sua, uma vontade que denota uma inteligencia, uma consciência além dele mesmo, que não seja outra consciencia/um outro espírito. Uma outra observação que pouco se faz, a diferença entre psicofonia e incorporação. Se eu perguntar o que é incorporação , e seus processos, a grande maioria vai dizer, é a mediunidade que os espíritos usam para falar através do médium, mediante a um ‘acoplamento” , o espírito encosta no médium , lhe transmite mentalemnte as mensagens , o médium interpreta mentalmente e transmite como ouviu. Ou seja, as mensagens passa pelo médium, que exterioriza o que o espirito fala, é uma comunicação entre corpo astral do médium e do espírito. Não discordo, porém acrescento… esse ‘acoplamento” pode ser mais intenso ou não…. quando é mais intenso, dando a sensação de perda de controle e transe mediunico, podendo interferir nos movimentos do médium , pelo maior proximidade da energia da entidade, principalmente se esta energia for de um padrão mais distante do médium, ou este não estiver ainda em harmonia sincrônica com suas entidades, costuma-se chamar de INCORPORAÇÃO. Se for um acoplamento mais sutil, costuma-se chamar de mediunidade intuitiva. Porém, ambas tem o mesmo processo.. basicamente são iguais….. E é esse tipo de mediunidade que está em grande número na Umbanda. Podemos dizer que a maioria das capacidades mediunicas em nossa Seara são intuitivas, em maior ou menor grau. E este tipo de capacidade , dificilmente interfere na consciência do médium, impedindo-o de lembrar e estar “presente” no momento da manifestação de seua entidades.

O termo incorporação, tomou um status genérico que emgloba todas as capacidades de comunicaçao que precise que o médium transmita a mensagem que o espírito que dar. Porém a psicofonia tem carater diferenciado. Para que haja um fenomeno psicofônico, o espírito precisa via de regra, agir sobre os orgãos da fala do médium. Podendo essa psicofonia ser mecânica, comparando a psicografia mecânica, onde o espírito toma a mão do médium , sem que passe por sua mente, e nesse caso , podendo escrever em linguas e usar letras que o médium desconhece..ou semi mecânica, onde o comando passa pela mente do médium, que registra tal controle e age diretamente nos orgãos que irá exercer a comunicação.

Tais capacidades, principalmente as mecânicas , são extremamente raras atualmente, e em temos de Umbanda , mais raras ainda. E estas porem exercer uma perda de memoria/consciencia em maior ocorrência do que, o que se classifica hoje como incorporação. Ser ou passar a ser inconsciente ou não ao contrario do que se pensa, não está relativo a TEMPO DE DESENVOLVIMENTO, status ou melhor capacidade mediunica. Ser ou não in-consciente não é um estado permamente, principalmente se tratando de Umbanda. O que podemos observar é que a entidade pode – claro mediante a uma possibilidade particular do médium – inferir em determinado momento/dia uma inconsciencia, se assim achar necessário. Porque então se obseva que muitos médiuns com o passar de anos no labor , passa a ser inconsciente ?? Capacidade particular dele, que as entidades e seu proprio espirito está fazendo uso, pelo carater que tomou o trabalho mediunico. Muitas vezes o espírito do médium, sai literalmente em desdobramento , vai se ocupar de outras coisas em outros planos, e deixa a entidade trabalhar, tamanha é a afinidade e confiança que se estabeleceu, como também após anos e anos de labor mediunico, o trabalho constante parece tomar um carater similar e o espírito do médium , muitas vezes aproveita esse tempo para ocupar de outros ensinamentos e trabalhos em outros planos. Porém , nem todos os médiuns tem propriedades espirituais que lhes permita tais viagens astrais em dado momento.

So pra resumir… a consciência ou inconsciência requer uma série de fatores e condições , que mesmo que não esteja fehado o assunto nos meios de pesquisa, podemos através da observação de outros médiuns ratificar e retificar, esclarecendo, muitas teorias que em voga, prejudicam e muito o desenvolvimento mediunico.
Insegurança

É muito comum no inicio das incorporações no desenvolvimento medíunico, quando a gente está ansioso, com medo , curioso e inseguro para saber quem são nossas entidades, como trabalharam, nomes, etc… Todos já passaram por isso.

Quando há as incorporações o médium fica mais que atento a qualquer palavra que saia de sua boca ” se eu falando ou a entidades, o que vai acontecer agora, o que ele tá fazendo” ….. tudo isso faz parte do inicio, pois ser consciente é perfeitamente normal e não é sinal de “falta de firmeza, ou imaturidade nas incorporações, ou fraqueza do médium. E é nessa fase onde o médium atua muito junto com a entidade, por sua participação, ‘interatividade” que é peculiar nesse ínicio, ocorre maior incidência de uma interferência do médium, sobrepondo a da entidade. Porém, com o passar do tempo, o médium vai ganhando confiança, vai aprendendo a ficar mais alheio das manifestações da entidades, pois para ele não terá mais mistérios e se reservará da total abstenção de qualquer tipo de interferência, inclusive de sua propria opinião do que a entidade deveria agir, falar ou conduzir numa consulta.

Muitas pessoas desistem no ínicio, por não aceitar sua consciencia e não conseguir trabalhar psicologicamente essa questão e achar que é ele ali e não a entidade. De não insistir e entender que as incorporações vão se firmando com o tempo. E para a Umbanda a afinidade e sintônia nas incorporações é de fato, mais demorada. E nesse processo de ajustes, equalizações e estabelecer uma sintonia satisfatória , o médium deve entender que haverá sim erros, o seu sobrepor a propria entidade, o animismo, porque faz parte desses ajustes. Por isso o médium não deve ser pemitido ao estarem sob influência das entidades; beber, fumar e principalmente, dar consultas e atender o público, quando essa sintonia não se estabelecer de fato, avaliado pelo dirigente e guias chefes da casa.

Quando passamos a entender certos processos, eles passam a nos soar mais familiares, a parecer mais simples e natural, nem nos causar mais tanto medo e insegurança, principalmente se temos a oportunidade de estar em contato com outros que passam o mesmo ou parecido com o que passamos. Assim criamos mais segurança e vencemos o medo do desconhecido.

Não se apresse, não se precione , nem permite que outros façam isso. Cada pessoa tem seu tempo, pois não envolve somente “abertura de canais mediunicos”, mas o emocional e o psicológico precisam estar bem também, para que tudo ocorra de forma salutar, que traga alegria, leveza e satisfação…e não mais agonia, desespero, medo e insegurança…. Tente aproveitar com serenidade, leveza e amor as vibrações que você sente dos seus guias, esse é um momento único na vida de qualquer pessoa.
- Retirado do texto de A. Araújo

quinta-feira, 10 de março de 2011

Centro de Umbanda Cavaleiros de Ogum

Irmãos de fé em Oxalá,


Escrevo estas mals traçadas linhas para lembrar que, nesta quinta-feira (10/03), nossa Casa completa dois anos de existência jurídica. Gostaria de agradecer pela confiança e fé de tods nos trabalhos que realizamos. Aproveito a oportunidade para lembrar que ainda há muito para ser feito. Mais do que nunca precisamos estar unidos e com nossos pensamentos voltados para a evolução do Centro de Umbanda Cavaleiros de Ogum, que carinhosamente acabamos apelidando de Cuco. Não há mais espaços para qualquer tipo de pensamento negativo ou de desconfiança dentro da nossa corrente. As palavras da vez são: dedicação e comprometimento. Umbanda é coisa séria para gente séria.

Quero, também, agradecer especialmente os irmãos Adélia, Adilson e Walter. Apensar de não fazerem parte da corrente mediúnica, sem vocês a realização deste sonho de caridade a serviço de Zambi não seria possível. Para quem não se lembra, seguem algumas fotos da construção da nossa casa ao longo desses dois anos de caminhada.


Axé para todos sempre.


Centro de Umbanda Cavaleiros de Ogum

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Vá Entender Filhos de Zambi!

Essa menina liberdade sempre foi ventura almejada por muitos, principalmente pelos que se encontram cativos da alma. Através do cativeiro o Brasil vivenciou época de muita dor, onde o terror das correntes e dos açoites minava a fibra do negro mais valente.

Hoje num tem mais senzala, Sinhô, tronco e nem feitor! Porém, negro Firmino ainda vê muita alma escravizada sofrendo nos resgates do desamor. O destempero emocional passeia em larga escala e traz ao homem moderno a depressão doença psicológica tão afamada porque causa fadiga desenfreada aos que vivem só pela corrida do ouro e então, vejo os filhos viverem escravos uns dos outros.

A consciência – amiga infalível - os filhos nem querem consultar, preferem ignorar as Leis de Zambi a ter respostas que venha a desagradar os atos que querem praticar!E aí negro Firmino pergunta: quem está mais escravo meus filhos eu ou suncês?

Se, ser livre é maltratar? Prefiro voltar cativo!

Se, ser livre é não ter limite? Prefiro voltar escravo!

Se, ser livre é não ter coração? Deixa eu voltar prá senzala, onde esteira de palha me espera, em chão de terra batida!

Se, ser livre é agir com frieza? Deixa eu voltar prá palha da cana que cura ferida de sol a pino com muita destreza!

É inté engraçado! Quando se é cativo se sonha com a liberdade, hoje se é liberto é se quer viver aprisionado.

Vá entender filhos de Zambi!


Pai Firmino do Congo
Mensagem recebida em 13 de maio de 2008, por Mãe Luzia NascimentoDirigente do Centro Espiritualista Luz de Aruanda(Terreiro Filiado ao Centro Espiritualista Caboclo Pery)

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Caridade

Amigos,

Depois de muito batalhar, finalmente, conseguimos abrir a conta corrente do nosso Centro de caridade. Estou publicando este posta para os companheiros que tiverem interesse em colaborar, ou que conheçam alguém que possa ajudar de alguma forma saibam os dados bancários:

Banco do Brasil
Centro de Umbanda Cavaleiros de Ogum - CUCO
CNPJ: 11.821.107/0001-17
Ag: 3264-6
C/C: 64329-7

Aproveito a oportunidade para dizer que vamos realizar, no próximo mês de maio, uma feijoada beneficiente com distribuição de roupas, brinquedos e materiais escolares para a comunidade carente do Arapoanga. Quem tiver algum desses ítens em boas condições para doação também estamos arrecadando. O contato para doação é: cavaleirosdeogum@gmail.com

Muito obrigado a todos pela colaboração e atenção.

"Umbanda é a manifestação do espírito para a caridade"

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

O que são pontos cantados?

Um dos fundamentos de vital importância para a harmonização e eficácia dos trabalhos dentro de um templo umbandista é, sem dúvida, o que diz respeito aos Pontos Cantados (curimbas).

Em tempos imemoriais, o homem materialista e ligado quase que exclusivamente aos aspectos físicos que o circundavam, tomado de profundo vazio consciencioso, resolveu traçar caminhos que o fizesse resgatar a verdadeira finalidade de sua existência. Alicerçado em princípios aceitáveis, passou a buscar o elo de ligação para com o Criador, a fim de se redimir do tempo perdido e desvirtuado para outras ações.

Uma das formas encontradas para a reaproximação com o Divino foi a música, onde se exprimiam o respeito, a obediência e o amor ao Pai Maior. Desta forma, os cânticos tornaram-se um atributo socio-religioso, comum a todas as religiões, onde cada uma delas, com suas características próprias, exteriorizavam sua adoração, devoção e servidão aos desígnios do Plano Astral Superior.

A Umbanda, nossa querida religião anunciada no plano físico em 15 de novembro de 1908, em Neves, Niterói – RJ, pelo espírito que se nominou Caboclo das Sete Encruzilhadas, também recepcionou este processo místico e religioso da expressão humana. Nos vários terreiros espalhados pelas Terras de Pindorama (nome indígena do Brasil), observamos com fé, respeito e alegria os vários pontos cantados ou curimbas, como queiram, sendo utilizados em labores de cunho religioso ou magístico.

Em realidade os Pontos Cantados são verdadeiros mantras, preces, rogativas, que dinamizam forças da natureza e nos fazem entrar em contato íntimo com as Potências Espirituais que nos regem. Existe toda uma magia e ciência por trás das curimbas que, se entoadas com conhecimento, amor, fé e racionalidade, provocam, através das ondas sonoras, a atração, coesão, harmonização e dinamização de forças astrais sempre presentes em nossas vidas.

A Umbanda é capitaneada por sete Forças Cósmicas Inteligentes, que são as principais e que, por influência dos Pretos-Velhos, receberam os nomes de Orixás, sendo que a irradiação ou linha de Oxalá (Cristo Jesus), precede todas as demais, razão pela qual as comanda. Todas estas irradiações têm seus pontos cantados próprios, com palavras-chave específicas e a justaposição de termos magísticos, de forma que o responsável pela curimba deve ter conhecimento do fundamento esotérico (oculto) da canção.

Temos visto em algumas ocasiões determinadas pessoas até com boas intenções, mas sem conhecimento, "puxarem" pontos em horas não apropriadas e sem nenhuma afinidade com o trabalho ora realizado. Tal fato pode causar transtornos à eficácia do que está sendo feito, uma vez que podem atrair forças não afetas àquele labor, ou ainda despertar energias contrárias ao trabalho espiritual.

Quanto à origem, os pontos cantados dividem-se em Pontos de Raiz (enviados pela espiritualidade), e Pontos terrenos (elaborado por pessoas diretamente) Os Pontos de Raiz ou espirituais jamais podem ser modificados, pois constituem-se em termos harmoniometricamente organizados, ou seja, com palavras colocadas em correlação exata, que fazem abrir determinados canais de interação físico-astral, direcionando forças para os mais diversos fins. No que concerne aos Pontos cantados terrenos, a Espiritualidade os ceita, desde que pautados na razão, bom senso, fé e amor de quem os compõe.

Às vezes, porém, nos deparamos com algumas curimbas terrenas que nos causam verdadeiro espanto, quando não tristeza. São composições "sem pé nem cabeça", destituídas de fundamento, com frases ingênuas e sem nenhum nexo, chegando algumas a denegrirem os reais valores Umbandistas.Quanto à finalidade, os Pontos Cantados podem ser: Pontos de chegada e partida; Pontos de vibração; Pontos de defumação;Pontos de descarrego; Pontos de fluidificação; Pontos contra demandas; Ponto de abertura e fechamento de trabalhos; Pontos de firmeza; Pontos de doutrinação; Pontos de segurança ou proteção (são cantados antes dos de firmeza); Pontos de cruzamento de linhas; Pontos de cruzamento de falanges; Pontos de cruzamento de terreiro; Pontos de consagração do Congá e outros mais, consoante à finalidade a que se destinam.

Vimos pelo acima exposto que as curimbas, por serem de grande importância e fundamento, devem ser alvo de todo o cuidado, respeito e atenção por parte daqueles que as utilizam, sendo ferramenta poderosa de auxílio aos Pretos-Velhos, Caboclos, Exus e demais espíritos que atuam dentro da Corrente Astral de Umbanda.

O que ocorre no “lado de Lá” enquanto cantamos os pontos?Segundo o Espírito Angelo Inácio:Os cânticos, além de identificarem cada Espírito que se manifesta, servem igualmente como condensadores de energia, uma espécie de Mantra, que são palavras consagradas por seu alto potencial de captação energética. É a Força Mágica da Umbanda.

Observei o ambiente Espiritual da Tenda. À medida que o povo cantava em ritmo próprio, parecia que imensa quantidade de Energia Luminosa ia se formando por cima da Assistência, segundo o “Ponto” cantado.

De cores variadas, as energias iam se aglutinando na psicosfera ambiente e depois eram absorvidas pelas Auras de quantos ali estavam, além de agregarem em torno do Gongá. O fenômeno era maravilhoso de se ver. Em meio ao redemoinho de energias, Espíritos que se manifestavam na forma de Crianças canalizavam esses recursos para os Assistentes, que estremeciam ao receber o choque energético. Eram os fluidos que os atingiam e desestruturavam as criações mentais inferiores, os miasmas e os demais parasitas que se encontravam nas Auras dos participantes.


fonte: http://planetaumbanda.com.br/home/index.php?option=com_content&view=article&id=85&Itemid=80

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Entre Você e Deus

Muitas vezes as pessoas são egocêntricas, ilógicas e insensatas.
Perdoe-as assim mesmo
Se você é gentil, as pessoas podem acusá-lo de egoísta, interesseiro.
Seja gentil assim mesmo.
Se você é um vencedor, terá alguns falsos amigos e alguns inimigos verdadeiros.
Vença assim mesmo.
Se você é honesto e franco, as pessoas podem enganá-lo.
Seja honesto e franco assim mesmo.
O que você levou anos para construir, alguém pode destruir de uma hora para outra.
Construa assim mesmo.
Se você tem paz e é feliz, as pessoas podem sentir inveja.
Seja feliz assim mesmo.
O bem que você faz hoje pode ser esquecido amanhã.
Faça o bem assim mesmo.
Dê ao mundo o melhor de você, mas isso pode nunca ser o bastante.
Dê o melhor de você assim mesmo.
Veja você que, no final das contas, é entre você e Deus.
Nunca foi entre você e as outras pessoas.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Princípios Básicos da Umbanda

Muitos ignoram certas verdades sobre a Umbanda e a julgam apressadamente, sem conhecer seus ideais, gerando todas as dificuldades e o preconceito que ela vem enfrentando, isso por culpa de alguns dirigentes de terreiros que por também, muitas das vezes, não conhecerem estas verdades, manipulam e enganam seus seguidores e a si mesmos, julgando estarem praticando a Umbanda quando na realidade são meros instrumentos de "entidades" ou espíritos que não tem o mínimo de conhecimento das questões espirituais.

Quando também não se deixam levar por sua vaidade pessoal e na maioria das vezes são mal informados sobre a origem e a verdadeira natureza da Umbanda, o que os leva a confundi-la com os Cultos de Nação ou com o Espiritismo.

O próprio umbandista acaba sendo também um dos grandes culpados por disso, por a Umbanda manifestar-se na maioria das vezes por pessoas simples, de uma fé menos exigente, é o que as tornam com mais facilidade, vítimas dos pretensos sábios e donos da verdade. O adepto não buscando esse conhecimento mais aprofundado sobre sua religião, foi deixando que a ela recebesse essa marca, esse rótulo, contribuindo para o aumento do preconceito contra seus rituais, seu vocabulário e seus costumes. Também devido às grandes manifestações de sectaristas religiosos1, que preferem julgar antes e, talvez, conhecer depois, víamos e ainda vemos, o crescimento desse preconceito..

A Umbanda é um movimento muito forte no mundo espiritual, e seus mistérios vêm sendo revelados de forma velada, onde o adepto vai tomando conhecimento sobre os mesmos através de seus mentores espirituais, os Orixás, aos quais devemos dedicar todo o mérito dos trabalhos, e também no dia-a-dia de sua dedicação, desenvolvendo e solidificando seus conhecimentos sempre baseados na Lei da Verdade, do Amor e da Caridade.

Os fundamentos da Umbanda variam de acordo coma vertente que a pratique, mas existem alguns conceitos básicos que são encontrados na maioria das casas e assim podem, com certa ressalva e cuidado, ser generalizados para todas as formas de Umbanda. São eles:

· A existência de uma fonte criadora universal, um Deus Supremo, chamado Olorum ou Zambi;
· O culto aos Orixás como manifestações divinas, onde cada Orixá se confunde com um elemento da natureza do planeta ou da própria personalidade humana, em suas necessidades, construções de vida e sobrevivência;
· O mediunismo como forma de contato entre o mundo físico e o espiritual, manifestado de diferentes formas;
· A manifestação das Entidades, ou Guias, espíritos ainda em processo de evolução, para exercerem o trabalho espiritual incorporado em seus médiuns, organizados em planos e/ou linhas de evolução;
· Uma doutrina, uma regra, uma conduta moral e espiritual que é seguida em cada casa de forma variada e diferenciada, de acordo com suas raízes, que existe para nortear seus trabalhos;
· Tem como fundamento básico de seus rituais: o uso do branco, não cobrar pelos trabalhos, não matar e não utilizar o sacrifício de animais
· A obediência aos ensinamentos básicos dos valores humanos, como: fraternidade, caridade e respeito ao próximo e por si mesmo. Sendo a caridade uma máxima encontrada em todas as manifestações existentes;
· A crença na imortalidade da alma;
· A Crença na reencarnação e nas leis kármicas;

Devido a Umbanda ser uma doutrina espiritualista como o Espiritismo, o Catolicismo, o Esoterismo, justifica o fato de haver entre ela diferenças essenciais entre seus templos, que lhe dão características próprias. É resultante natural da fusão espiritual das raças branca, índia e negra.

Podemos observar em conversas entre Umbandistas é que muitos querem impor seu culto aos outros, achando que somente a sua Umbanda está correta. Alguns querem enfiar o africanismo goela abaixo dos demais, outros querem a todo o custo impor que o Espiritismo é a base mais correta, alguns querem convencer os demais que a Umbanda de Saraceni é a correta ou ainda que a Umbanda de Zélio é a única e verdadeira. Querem transformar a religião num grande campeonato onde um grupo é melhor que o outro. e a paixão elimina a razão.

Devemos tentar ver a umbanda como uma religião criada pelo mundo espiritual, onde se aproveita os bons exemplos das diversas religiões, que com o passar do tempo vem se aperfeiçoando, por isso cada vez mais vemos a aglutinação de novos adeptos justamente por ela seguir os ensinamentos dos grandes mestres da humanidade que pregaram o amor, a caridade, a tolerância, a humildade e o fazer o bem sem importar-se a quem.

Nossa Religião foi cuidadosamente desenvolvida pelo Mundo Espiritual para trazer evolução aos médiuns participantes e um alento aos seres encarnados que necessitam de uma palavra amiga, um consolo de paz, de esperança e perseverança.

Nunca uma Entidade nos transmitiu qual a Umbanda é a correta, qual a Umbanda é a mais eficiente, qual a Umbanda é a verdadeira, sempre nos dizem que devemos ser médiuns dedicados e que devemos sempre estarmos preparados para ajudar ao próximo, buscando zelar pelo bom nome de nossa Religião, sem esperarmos retribuições de quaisquer formas que não sejam o reconhecimento do mundo espiritual.

Acreditamos que todas as Umbandas são corretas desde que sejam praticadas com dedicação, amor e humildade. Umbanda é uma só, ela é a religião do presente e do futuro e a medida que os não simpatizantes vão conhecendo sua beleza e sua simplicidade, seus corações serão envoltos pela magia do amor, da caridade, da humildade e da fé, dissipando assim todas as discriminações que hoje ela ainda sofre.

Devemos estar sempre atentos e continuar buscando o máximo de conhecimento, para podermos nos esclarecer e assim ajudar tirar essa visão deturpada que a maioria das pessoas tem em relação aos rituais sagrados da Umbanda. Só assim estaremos dando mais um passo para o crescimento e o fortalecimento de nossa religião.

1- Sectarismo Religioso: São grupos de pessoas fanáticas que defendem obstinadamente seu ponto de vista, com uma posição extremista e antefraterna.




Link:http://estudodaumbanda.wordpress.com/2009/02/27/6-principios-basicos-da-umbanda/

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Oxum...

Kerêô declaro aos de casa que estou chegando
Quem sabe venha buscar-me em festaOrarei a Oxum
Que adoro Oxum, sei que simXinguinxi comigo
Oxum que me cura com água frescaSem gota de sangue
Dona do oculto, a que sabe e calaNo puro frescor de sua morada
Oh! Minha mãe, rainha dos riosÁgua que faz crescer as crianças
Dona da brisa de lagosCorpo divino sem osso nem sangue
Orarei a Oxum
Que adoro Oxum, sei que sim
Xinguinxi comigo
Eu saúdo quem rompe na guerra
Senhora das águas que correm caladas
Oxum das águas de todo som
Água da aurora no mar agora
Bela mãe da grinalda de flores
Alegria da minha manhã
Orarei a Oxum
Que adoro Oxum, sei que sim
Xinguinxi comigo
Ipondá que se oculta no escuro
De longe me chega a cintilaçãodos seus cílios
Oxum é água que aparta a morte
Oxum melhora a cabeça ruim
A yê yê orarei!
Bendita onda que inunda a casa do traidor
Orarei a Oxum
Que adoro Oxum, sei que sim
Xinguinxi comigo
Oxum que eu bendigo na boca do dia
Oxum que eu adoro
Rica de donsRiqueza dos rios
Oxum que chamei
Que não chamei
Adê-okô
Senhora das águas

Salve linda mamãe. Essa homenagem vale a pena: http://www.youtube.com/watch?v=_YxvzVCaXvk&feature=player_embedded

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Okê Aro!



Pessoal, no último sábado (22/01), o Centro de Umbanda Cavaleiros de Ogum prestou uma homenagem ao grande mistério divino Oxossi. Como estamos reformando o templo, optamos por realizar a entrega na mata.

Para isso, nosso irmão Pereira, gentilmente, ofereceu a chácara do qual é proprietário para a realização do trabalho mediúnico. A energia e o astral foram maravilhososo. Cada vez mais, fico satisfeito com a revitalização e sabedoria que o povo das matas têm para nos oferecer.

Okê Aro, Odé!

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

OSÓÒSI



Oke, Odè ko ké ma wo! (Salve o Rei que é aquele que fala mais alto!)

Farahàn rere Fibó (Osóòsi Fibó venha nos cobrir com sua bondade)
Ode Fibó farahàn lewa kosè (Oxossi, encubra-nos com sua bondade e beleza, amém)
Omo ode (Filho do caçador)

Olu wó kí rí bodè (Cumprimentamos o Senhor Caçador)
Olu wó kí rí bodè (Cumprimentamos o Senhor Caçador)
Àwa ní sa Omo odé (Venha até nós Filho do Caçador)
Ode onise wá (Venha Grande Caçador)

E aráiye (Nós, filhos de santo)
Ode aréré òkè (O saudamos)
E Òrisà elo (Ele vem com o vento)
E oun Ofà Akueran (Akueran é um caçador)

Omo ode Ode Ìroko (Filho do caçador, Oxossi Iroko)
E oun Ofà Akueran (Akueran é um caçador)
E o sí bodè. E o sí bodè (Nós o saudamos)
Arolè o sí bodè e o sí bodè (Nós o saudamos. Nós o saudamos)
E o sí bodè (Nós o saudamos)

Olu o kí rí kí rí bodè (Queremos encontrar e cumprimentar o Sr. Caçador)
Kí rí kí rí bodè (Encontrar e cumprimentar o Sr. Caçador)
Kí já kí já wá rà dé ode yò màa (Queremos cumprimentar quem sempre nos ajuda. Ficamos felizes sempre com sua presença)
Sálo kí ri (Queremos encontra-lo para cumprimenta-lo)
Wá si lò ko (Venha para esta terra que é sua)

Elo ké re odè àárò lè ló ké re (Pela manhã clamamos pelo caçador para que nos proteja com o seu poder)
Ode àárò lè ló gbèjà lè ló gbèjà (Pela manhã clamamos para que o caçador use seu poder para nos defender)

Olu o kí rí kí rí bodè (Queremos encontrar e cumprimentar o Sr. Caçador)
Kí rí kí rí bodè (Encontrar e cumprimentar o Sr. Caçador)
O wá nibó oro odè (O Caçador vem com o vento)
O ké odara sálo gbé rà (O chamamos para que venha nos ajudar para que fiquemos bem)

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Vaidade e mediunidade


A Umbanda, por não possuir uma codificação doutrinária que “padronize” seus rituais, usos e costumes litúrgicos no intercâmbio mediúnico, abriga um grande número de seguidores e adeptos. Assim como vai esclarecendo, confortando, promovendo a reforma íntima e evangelizando através das consultas individuais e assistência espiritual do Plano Astral Superior, dando alento a todos os necessitados independente das crenças individuais, ao mesmo tempo sofre os desmandos de alguns filhos de fé umbandista que se deixam envolver pelo astral inferior e acabam praticando uma falsa Umbanda: com vaidade, ganho financeiro, oferendas descabidas e sacrifícios de animais. Os médiuns vaidosos são os mais visados pelos ataques das Sombras, sempre dispostos a atender aqueles que se encontram com o ego exaltado. Pela característica das manifestações mediúnicas na Umbanda, é exigido aos médiuns um esforço contínuo no sentido de manterem a humildade, eis que não existe Guia mais “forte” do que outro, pois os critérios que levam à concretização dos pedidos dos consulentes independem do nome da entidade que assiste o medianeiro, da sua hierarquia espiritual ou se estão mais ou menos “incorporado” no “cavalo”. O que leva a brisa benfazeja para os que buscam a Umbanda para a cura, o alento espiritual, e até algumas questões que envolvam auxílio das falanges benfeitoras no campo material, é nada mais que o merecimento, associado ao respeito do livrearbítrio de todas as criaturas. Essa é a maior dificuldade dos médiuns: discernir as fronteiras tênues do que intermediam com o Astral – se é adequado dentro das leis de equilíbrio e de causalidade que regem o carma de todos os seres. A ambição atiçada pelo ganho fácil e seguidamente provocada pelos elogios dos consulentes, que procuram agradar os médiuns em troca de favores, trabalhos milagrosos e toda sorte de ajuda que envolve as situações comezinhas da vida material, é como a ferrugem que lentamente e sem maiores esforços corrói fina ourivesaria.

Jardim dos Orixás Ramatis – Norberto Peixoto.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Ser umbandista é...



Ser Umbandista é amar a Deus acima de todas as coisas!!!

Ser Umbandista é amar a natureza e respeitá-la, pois Deus está lá!!!

Ser Umbandista é reconhecer que os Orixás são Potências de Deus, Divindades, que manifestam as qualidades do Criador de tudo e de todos!!!

Ser Umbandista é ser amante da sabedoria, da virtude, da justiça e da humanidade!!!

Ser Umbandista é ser amigo dos pobres, dos desgraçados que sofrem, dos que choram, dos que têm fome e clamam pelo direito de justiça!!!

Ser Umbandista é querer a harmonia das famílias, a concórdia dos povos, a paz do gênero humano!!!

Ser Umbandista é levar para o terreno prático, aquele formosíssimo preceito de todos os lugares e todos os séculos, que diz com infinita ternura aos homens de todas as raças, desde o alto de uma cruz e com os braços abertos ao mundo: “Amai-vos uns
aos outros, formai uma só família, sede irmãos!!!

Ser Umbandista é pregar a tolerância; praticar a caridade sem distinção de raças, crenças ou opiniões, é lutar contra a hipocrisia e o fanatismo!!!

Ser Umbandista é viver para a realização da Paz Universal, tendo pelos encarnados o mesmo respeito que se dedica aos desencarnados!!!

Ser Umbandista é ter uma crença religiosa sem tabus ou preconceitos, fundamentada na ética e no bom senso, sem ferir os valores dos bons costumes!!!

Ser Umbandista é respeitar a máxima que diz “somos imagem e semelhança de Deus”, vendo Deus na presença do semelhante e em nós, através de nossas virtudes de Fé, Amor, Conhecimento, Justiça, Lei, Evolução e Geração!!!

Ser Umbandista é dar de graça o que de graça recebemos!!!

SE VOCÊ NÃO REÚNE ESTAS CONDIÇÕES, AFASTE-SE DA UMBANDA!!!


Texto adaptado, por Alexandre Cumino, do original: “Cuidado! O Senhor Não Deve Ser Maçom”, publicado em “A Voz do Vale do Rio Grande”, Paulo de Faria, SP, em 04 de Janeiro de 1976 e de autor desconhecido.
Jornal de Umbanda Sagrada, agosto de 2003.