quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Confraternização



Pessoal, no último dia 19 de dezembro, realizamos a confraternização de final de ano do Centro de Umbanda Cavaleiros de Ogum. A festa estava maravilhosa. Agradeço a participação de todos e, também, todo axé e dedicação ao longo de 2009. Para 2010, mais força para nossos trabalhos e conclusão das obras.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Ora-ye-yeo





"Kerêô declaro aos de casa que estou chegando


Quem sabe venha buscar-me em festa


Orarei a Oxum


Que adoro Oxum, sei que sim


Xinguinxi comigo


Oxum que me cura com água fresca


Sem gota de sangue


Dona do oculto, a que sabe e cala


No puro frescor de sua morada


Oh! Minha mãe, rainha dos rios


Água que faz crescer as crianças


Dona da brisa de lagos


Corpo divino sem osso nem sangue


Orarei a Oxum


Que adoro Oxum, sei que sim


Xinguinxi comigo


Eu saúdo quem rompe na guerra


Senhora das águas que correm caladas


Oxum das águas de todo som


Água da aurora no mar agora


Bela mãe da grinalda de flores


Alegria da minha manhãOrarei a Oxum


Que adoro Oxum, sei que sim


Xinguinxi comigo


Ipondá que se oculta no escuro


De longe me chega a cintilaçãodos seus cíliosOxum é água que aparta a morte


Oxum melhora a cabeça ruim


A yê yê orarei!Bendita onda que inunda a casa do traidor


Orarei a Oxum


Que adoro Oxum, sei que sim


Xinguinxi comigo


Oxum que eu bendigo na boca do dia


Oxum que eu adoro


Rica de dons


Riqueza dos rios


Oxum que chamei


Que não chamei


Adê-okô
Senhora das águas"




terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Mais construção...


Desculpem por não estar falando sobre nossa querida umbanda propriamente dita,mas as obras de contrução da Casa tem tomado quase todo nosso tempo. Vamos mantendo todos informados por aqui. Essa foto foi tirado hoje.

Axé!

Endereço

Pessoal, as obras do Centro de Umbanda Cavaleiros de Ogum continuam. Não são pequenas pedras no caminho que nos impedirão de caminhar. Para os interessados, já temos endereço.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Panorama CUCO

Mais uma foto do panorama da construção do Centro de Umbanda Cavaleiros de Ogum.

Muito axé para todos!

As obras continuam...


Salve irmãos, as obras do Centro de Umbanda Cavaleiros de Ogum estão indo muito bem. Na última vez que estive por lá, tirei umas fotos. Vou postá-las aqui para que vocês tenham idéia de como está ficando. Vamos manter a força para que a gente consiga abrir a casa logo.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Livro sobre Exu causa guerra santa em escola municipal

Professora umbandista diz que foi proibida de dar aulas em unidade de Macaé, dirigida por diretora evangélica

POR RICARDO ALBUQUERQUE, RIO DE JANEIRO Rio - As aulas de Literatura Brasileira sobre o livro ‘Lendas de Exu’, de Adilson Martins, se transformaram em batalha religiosa, travada dentro de uma escola pública. A professora Maria Cristina Marques, 48 anos, conta que foi proibida de dar aulas após usar a obra, recomendada pelo Ministério da Educação (MEC). Ela entrou com notícia-crime no Ministério Público, por se sentir vítima de intolerância religiosa.


Maria é umbandista e a diretora da escola, evangélica. A polêmica arde na Escola Municipal Pedro Adami, em Macaé, a 192 km do Rio, onde Maria Cristina dá aulas de Literatura Brasileira e Redação. A Secretaria de Educação de lá abriu sindicância e, como não houve acordo entre as partes, encaminhou o caso à Procuradoria-Geral de Macaé, que tem até sexta-feira para emitir parecer.


Em nota, a secretaria informou que “a professora envolvida está em seu ambiente de trabalho, lecionando junto aos alunos de sua instituição”.A professora confirmou ontem que voltou a lecionar. “Voltei, mas fui proibida até por mães de alunos, que são evangélicas, de dar aula sobre a África. Algumas disseram que estava usando a religião para fazer magia negra e comercializar os órgãos das crianças. Me acusaram de fazer apologia do diabo!”, contou Maria Cristina.


Sacerdotisa de Umbanda, a professora se disse vítima de perseguição: “Há sete anos trabalho na escola e nunca passei por tanta humilhação. Até um provérbio bíblico foi colocado na sala de professores, me acusando de mentirosa”. Negro, pós-graduado em ensino da História e Cultura Africana e Afro-Brasileira, o diretor-adjunto Sebastião Carlos Menezes aguardará a conclusão da procuradoria para opinar. “Só posso lhe adiantar que a verdade vai prevalecer”, comentou. Pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil, Sebastião contou que a diretora Mery Lice da Silva Oliveira é evangélica da Igreja Batista.


ATÉ CINCO ANOS DE PRISÃO


“Se houver preconceito de religião, acredito que deva ser aplicado todo o rigor da lei”, afirmou o coordenador de Direitos Humanos do Ministério Público (MP), Marcos Kac. O crime de intolerância religiosa prevê reclusão de até 5 anos. Em caso de injúria, a pena varia de 3 meses a 2 anos de prisão. O MP poderá entrar com ação pública penal se comprovar a intolerância religiosa.


“Caso contrário envia à delegacia para inquérito”, explicou Kac.Alunos do 7º ano leram a obra: referências ao folcloreEm 180 páginas, o livro ‘Lendas de Exu’, da Editora Pallas, traz informações sobre uma das principais divindades da cultura afro-brasileira. O autor da obra, Adilson Martins, remete ao folclórico Saci Pererê para explicar as traquinagens e armações de Exu. Na introdução, Martins diz que ele é “um herói como tantos outros que você conhece”. Em Macaé, 35 alunos do 7º ano do Ensino Fundamental leram o livro.


Nas religiões afro-brasileiras, Exu é o mensageiro entre o céu e a terra, com liberdade para circular nas duas esferas. Por isso, algumas pessoas acabam o relacionando a Lúcifer.O presidente da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, Ivanir dos Santos, garantiu que outros autores de livros, como Jorge Amado e Machado de Assis, sofrem discriminação nas escolas:


“As ideias neopentecostais vêm crescendo muito, desrespeitando a lei”. Ivanir explicou que o avanço da discriminação religiosa provocou o agendamento de um encontro, dia 12 de novembro, com a CNBB: “Objetivo é formar uma mesa histórica sobre os cultos afro e estabelecer uma agenda comum”.


VIVA VOZ


Até mães de alunos me proibiram de falar sobre a África. “Acusam-me de dar aula de religião. Não é verdade. No livro ‘Lendas de Exu’, de Adilson Martins, há histórias interessantes, são ótimas para trabalhar com os alunos. Li os contos, como se fosse uma contadora de histórias, dramatizando cada uma delas. Praticamos Gramática, e os alunos ilustraram as histórias de acordo com a imaginação deles. Não dá para entender por que fui tão humilhada. Até mães de alunos, evangélicas, me proibiram de falar sobre a África”.


MARIA CRISTINA MARQUES, professora, 48 anos


sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Defumação


Falar em defumação, para mim, é lembrar dos saudosos amigos Bruno e Fumaça. Em homenagem a eles, que resolvi postar este texto extraido do blog http://umbandabrasileira.wordpress.com/. Espero que gostem.


Defumação


Defumação é um processo ativo de exercício de mediunidade e por isso deve ser tratado com muito cuidado.

Todo local onde se vive, seja um templo, sua casa ou local de trabalho, pode e deve ser defumado.
A Casa onde se mora principalmente, ainda mais se se é uma pessoa que trabalha com a espiritualidade do santo, e que mantém em casa suas firmezas ou mesmo os seus instrumentos litúrgicos.


Todo mundo que tem “luz” própria ou que tem em si ou sua casa um local de concentração de energia, acaba sendo um atrativo para as inúmeras almas perdidas que existem vagando pela terra. Assim, ao defumarmos, nem sempre estamos tratando de afastar demandas contra nós, mas também de manter o equilíbrio de nossa própria casa.

Qualquer pessoa com ou sem uma mediunidade ativa, pode perceber quando ha uma alteração no ambiente e nesses casos deve se recorrer a uma defumação. No caso de terreiros e casas de santo, onde tudo isso é mais grave ainda, ou melhor mais intenso, o início de cada sessão de trabalho deve ser precedido de uma defumação.

Considero que defumar não é um processo formal ou ordinário e sim uma liturgia e quem defuma algum lugar sempre deve se preparar porque vai estar absorvendo também as energias negativas do lugar, como um para-raio, ou um “aspirador de pó”.

Desta forma para executar essa liturgia é necessário alguma maturidade na magia, conhecimento e também procedimentos de preparação e auto-limpeza que para quem faz vai mais além do que o ato de defumar.

Em termos da maturidade na magia significa uma sintonia com os mestres e entidades que trabalham junto com ele. O conhecimento diz respeito ao método de fazer e elementos a serem utilizados tanto no defumador ou defumadores como também em procedimentos complementares.

Em termos de finalidade, o processo de defumação pode ser feito para retirar, ou seja queimar, a energia ruim como também preencher com energia boa. Geralmente quando se encontra um ambiente carregado usa-se um ou mais defumadores de limpeza, que irão “queimar” ou esterilizar as energia ruins.

Depois do ambiente ruim faz-se uma nova defumação com um outro defumador “doce” que irá preencher o ambiente com a energia que se quer deixar evitando assim um vazio que é a oportunidade para coisas indesejadas ou mesmo um ambiente estéril e que não traga conforto aosocupantes do lugar.

No caso de terreiros ou casas de trabalho é similar. É comum se defumar mais de uma vez ao longo do dia de maneira a garantir a limpeza astral do lugar. No início de trabalhos com determinadas linhas, como a do povo cigano ou do oriente, pode-se passar um defumador “doce” com a finalidade de atrair e facilitar as energias destas entidades. No catimbó o cachimbo é também um instrumento de defumação e preparação do ambiente. Pode-se usar fumos com ervas de limpeza para limpar a seção, como também pode-se colocar misturas “doces” para facilitar ou chamar a incorporação.

Os defumadores devem ter fórmulas adequadas a cada finalidade. Um pessoa experiente sabe fazer os seus e pode ter vários que são usados conforme o caso e, que combinam as ervas mais adequadas e as ervas que fazem parte do seu fundamento e de suas entidades, porque como eu disse a gente nunca faz isso sozinho.

Os defumadores devem ter fórmulas adequadas a cada finalidade. Um pessoa experiente sabe fazer os seus e pode ter vários que são usados conforme o caso e, que combinam as ervas mais adequadas e as ervas que fazem parte do seu fundamento e de suas entidades, porque como eu disse a gente nunca faz isso sozinho.

Um exemplo de protocolo de limpeza para defumar uma casa carregada e com presença de eguns, pode-se iniciar usando um primeiro defumador somente com saco-saco, ou na falta deste com palha-de-cana ou de bambu. Estes elementos são recomendados para se defumar dentro de casa, mas deve-se retirar as pessoas antes. Quando se vai defumar um local onde não moram pessoas ou o terreno de uma casa pode-se usar receitas como a seguinte:

- Palha de alho.

- Palha de cebola.

- Raspa de chifre de boi.

- Noz moscada.

- Assa-fétida.

- Folha de café,

- Grão de café torrado.

O alho é um elemento bom, mas pode ser contra axé de alguém da casa. Da mesma forma como a arruda. Assim os elementos que despertam kizilas devem ser usados com cuidado. A composição dos defumadores é um conhecimento que deve ser desenvolvido e aprendido. Eu não gosto daqueles defumadores de loja, mas em muitos casos podem ser usados como solução emergencial.

Para o segundo defumador de limpeza pode-se usar uma mistura como a seguinte:

- Alfazema;

- Erva doce;

- Alecrim;

- Salsaparrilha;

- Salvia;

- cravo.

O processo de defumação começa pelo portão onde a gente deve fazer nossas firmezas. Passa-se o primeiro defumador de limpeza.Adicionalmente, pode-se fazer isso acompanhado de uma pessoa que vai atrás da gente com uma quartinha de barro com Água,cruzando os cômodos com a gente. Ao fim, coloca-se os restos do defumador na rua e se joga a Água da quartinha em cima para apagar. Depois bate-se folhas nas paredes, (erva prata, arrufa, guiné, peregun, e outras). Passa-se o mesmo (ou outro) defumador pelo terreno, cruzando e fazendo o perímetro da casa. Passa-se o segundo defumador de limpeza, jogando as cinzas na rua.

Por fim, passa-se o defumador “doce” para alimentar o ambiente com nossa energia, sendo que se pode colocar ao fim alguma oferenda dentro de casa para estes espíritos bons.

Como parte da ultima etapa, pode-se jogar canjica cozida e fria no telhado e soprar na porta e terreno um atim feito de farinha de àkàsà e olho-de-boi que deve ser quebrado e moído até ficar um pós fino. Como o olho-de-boi é muito duro deve se ir quebrando-o até virar um pó branco. Faz-se assim, coloca-se um pouco da mistura na palma da mão direita e se sopra esta quantidade (formando uma pequena núvem) nas portas e nos cantos.

Outra prática com muito resultado é jogar uma mistura de água e sal, nas soleiras de portas e janelas, vai se jogando e rezandopara se fechar aqueles acessos para o mal. Existe também outra mistura que se faz com waji (um pó bem azul) e folhas de louro (a idade da pessoa +1).
Neste casos primeiro se ferve a Água, desliga o fogo, coloca as folhas de louro e abafa. Quando estiver frio coloca-se o waji. Joga-se isso nas soleiras das portas e portões.

Eu sempre recomendo que as pessoas da casa tomem um banho de erva (que deve ser preparado antes do início) depois do processo.

Para poder passar isso tudo é bom ter uma boa quantidade de carvão em brasa e ter vários tulíbulos, eu gosto dos de barro. Para que não se use o mesmo tulíbulo com defumadores diferentes e no caso de ambientes grande não se fique com muita cinza de defumador, o que acaba deixando um cheiro de fumaça no ambiente ao invés do cheiro de defumador. Um bom defumador é tão bomquanto acender uma vareta de incenso.

Lembre-se que nem sempre deve-se usar isso tudo. Uma defumação regular pode ser feita apenas com o defumador doce. Uma outra um pouco mais convencional, com o defumador de limpeza (principalmente pelo terreno) e pelo doce. Fumar o cachimbo pela casa toda e depois jogar fumaça ao contrário pela porta a fora é também um excelente defumador regular.
Concentração é um elemento muito importante neste trabalho. Assim deve-se rezar antes de inicia-lo pedindo a proteção dos seus mestres, deve cantar durante e deve-se encerrar com uma reza ou cantiga de agradecimento ou fechamento.

Enfim, a defumação é um processo litúrgico complexo e que é mais do que acender um “divino” num tulibulo de alumínio.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Osún



Yèyé òpàrà ! Obìnrin bí okùnrin ní Òsun A jí sèrí bí ègà. Yèyé olomi tútú. Opàrà òjò bíri kalee. Agbà obìnrin tí gbogbo ayé n'pe sìn. Ó bá Sònpònná jé pétékí. O bá alágbára ranyanga dìde.




Salve Jorge!




ORAÇÃO COM JUSTIÇA


O meu pai Ogum, eu lhe peço por minha causa.


Pois sei que como a árvore plantada junto a corrente d’água, no seu devido tempo o seu fruto será bem sucedido.


Louvo ao meu pai de todo o meu coração,


Guardai-me, porque no senhor eu confio.


Meu pai como tem crescido o número de meus adversários!


Protege-me, preserve a nossa casa.


Tu és a minha fortaleza, escutai as minhas orações.


Pois sabendo que está a minha escuta eu lhe peço.


Que todos que pedir por mim e pelos meus, saiba pedir!


Pois sempre irei rogar ao meu SANTO, que lhe de tudo em dobro.

QUE ASSIM SEJA.


Autor: Dawan D’ogum


quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Evolução umbandista

A Umbanda tem progredido e vai progredir. É preciso haver sinceridade, honestidade e eu previno sempre aos companheiros de muitos anos: a vil moeda vai prejudicar a Umbanda; médiuns que irão se vender e que serão, mais tarde, expulsos, como Jesus expulsou os vendilhões do templo.

O perigo do médium homem é a consulente mulher; do médium mulher é o consulente homem. É preciso estar sempre de prevenção, porque os próprios obsessores que procuram atacar as nossas casas fazem com que toque alguma coisa no coração da mulher que fala ao pai de terreiro, como no coração do homem que fala à mãe de terreiro. É preciso haver muita moral para que a Umbanda progrida, seja forte e coesa. Umbanda é humildade, amor e caridade – esta a nossa bandeira.

Neste momento, meus irmãos, me rodeiam diversos espíritos que trabalham na Umbanda do Brasil: Caboclos de Oxossi, de Ogum, de Xangô. Eu, porém, sou da falange de Oxossi, meu pai, e não vim por acaso, trouxe uma ordem, uma missão. Meus irmãos: sejam humildes, tenham amor no coração, amor de irmão para irmão, porque vossas mediunidades ficarão mais puras, servindo aos espíritos superiores que venham a baixar entre vós; é preciso que os aparelhos estejam sempre limpos, os instrumentos afinados com as virtudes que Jesus pregou aqui na Terra, para que tenhamos boas comunicações e proteção para aqueles que vêm em busca de socorro nas casas de Umbanda.

Meus irmãos: meu aparelho já está velho, com 80 anos a fazer, mas começou antes dos 18. Posso dizer que o ajudei a casar, para que não estivesse a dar cabeçadas, para que fosse um médium aproveitável e que, pela sua mediunidade, eu pudesse implantar a nossa Umbanda. A maior parte dos que trabalham na Umbanda, se não passaram por esta Tenda, passaram pelas que saíram desta Casa. Tenho uma coisa a vos pedir: se Jesus veio ao planeta Terra na humildade de uma manjedoura, não foi por acaso. Assim o Pai determinou. Podia ter procurado a casa de um potentado da época, mas foi escolher aquela que havia de ser sua mãe, este espírito que viria traçar à humanidade os passos para obter paz, saúde e felicidade.

Que o nascimento de Jesus, a humildade que Ele baixou à Terra, sirvam de exemplos, iluminando os vossos espíritos, tirando os escuros de maldade por pensamento ou práticas; que Deus perdoe as maldades que possam ter sido pensadas, para que a paz possa reinar em vossos corações e nos vossos lares. Fechai os olhos para a casa do vizinho; fechai a boca para não murmurar contra quem quer que seja; não julgueis para não serdes julgados; acreditai em Deus e a paz entrará em vosso lar. É dos Evangelhos.

Eu, meus irmãos, como o menor espírito que baixou à Terra, mas amigo de todos, numa concentração perfeita dos companheiros que me rodeiam neste momento, peço que eles sintam a necessidade de cada um de vós e que, ao sairdes deste templo de caridade, encontreis os caminhos abertos, vossos enfermos melhorados e curados, e a saúde para sempre em vossa matéria. Com um voto de paz, saúde e felicidade, com humildade, amor e caridade, sou e sempre serei o humilde Caboclo das Sete Encruzilhadas.

Mensagem do Caboclo das Sete Encruzilhadas gravada pela senhora Lilia Ribeiro, diretora da Tenda de Umbanda Luz, Esperança, Fraternidade, no Rio de Janeiro, em 1971

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Mão na massa


O terreno já está marcado e as ferragens colocadas. Em breve, o muro estará pronto.
Força cavaleiros de ogum!

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Começa mais uma batalha!


Começaram as obras do Centro de Umbanda Cavaleiros de Ogum. O barraco dos pedreiros jjá está pronto e os muro marcado. Etapa muito complicada, mas que com o axé de todos os guias, conseguiremos concluir. Vou colocando o andamento da obra para todos conferirem.
Não poderia deixar de agradecer ao nosso presidente Diogo Sá, ao nosso vice-presidente Walter Molina e, também, ao nosso colaborador Adílson, que está comprando todo material e dando a maior força. Muito obrigado a todos e seguiremos firme nessa caminhada.

Salve toda Ibejada!

Foto da primeira homenagem do Centro de Umbanda Cavaleiros de Ogum para as crianças do espaço. Apesar do sono, o trabalho foi ótimo com direito a brincadeiras no jardim e tudo. No final, mais de 150 crianças da comunidade carente de Santo Antônio do Descoberto (GO) serão beneficiadas com os doces e o axé da nossa casa.
Que as crianças do espaço continuem inundando de alegria os trabalhos da nossa casa e trazendo muito amor para nossas famílias!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Tem doce vovó, tem doce lá no jardim...


Pessoal, no próximo dia 27 a umbanda homenageia as crianças, sincretizadas na imagem de Cosme e Damião. Sabe-se na Umbanda das grande importância da kinha das crianças e seus rituais: são sempre cultuados para trazerem harmonia, alegria e união.

Ao lidarmos com Ibeji não devemos esquecer que estamos em contato com uma energia infantil, a qual não devemos nada prometer se não pudermos cumprir. Ibeji ajuda sempre aos que lhes são simpáticos a troco de nada, no entanto, se prometermos teremos que cumprir.
A Gira das “Crianças” é considerada pelos umbandistas um momento de grande alegria, onde as vibrações de esperança e descontração reafirmam a certeza de que a vida há de ser sempre bela e alegre. Nota-se a influência das crianças no comportamento das pessoas, quando nunca deixam de ter dentro de si a criança que já foram.

As cores consagradas a Ibeji na Umbanda são o azul e o rosa, sendo também muito comum o uso de outras cores em suas roupas e obrigações. Gostam de doces. A bebida preferida é o suco de frutas, sendo também aceito o guaraná (sem gelo).

Em muitos Terreiros, sempre Os chamam para a limpeza espiritual, da assistência e dos Médiuns, após sessões pesadas na maioria das vezes encerram com Ibeji.
Autor desconhecido

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Engabelo completo

Foto final da arriada para os príncipes e princesas. Em breve, postaremos a firmeza das crianças. Não deixem de acompanhar o blog.

Axé para todos!

Concentração para firmar o axé...

Depois da arriada é preciso firmar o trabalho, concentrar e manipular a energia. Umbanda tem fundamento!

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Firmeza de ogã

Quem tudo olha!
Quase sempre nada enxerga!
Quem não se quebra!
Logo logo se enverga!
A favor dos ventos!
Eu sempre arranjo um jeito!
De correr para o meu cruzeiro!
Pra ver os meus companheiros!
Para o meu povo!
Eu não preciso me apresentar!
Pois todos me conhecem!
Quando eu chego lá!
Sou o exu tiriri!
Na linha de lebá!
Até o inferno treme!
Quando me vê chegar!

Começa a arriada...


quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Mesa posta...


Depois de firmado o chefe da casa, partimos para a arrida dos demais exús do Centro de Umbanda Cavaleiros de Ogum. A mesa para os príncipes e princesas foi colocada em frente ao axé do Seu Tranca Ruas das Almas.


Salve todos os príncipes e princesas.

Salve o dono da casa...

As oferendas começaram com a firmeza de Seu Tranca Ruas das Almas, o exú guardião da casa. Todos os filhos do terreiro firmaram com ele e pediram licença pra as próprias oferendas.
Laroye Seu Tranca Ruas das Almas

terça-feira, 15 de setembro de 2009

A comida...


Farinha, azeite de dende, pimenta e cebola. Quem nunca fez um padê para exú? No dia da firmeza do Centro de Umbanda Cavaleiros de Ogum o resultados foram essas comidas.

Claro que não faltou vela, marafos, flores e pito. Nessa foto, ainda nos preparavamos para começar a arriada. Em seguida, posto as fotos do começo da firmeza para o Seu Tranca Ruas das Almas e da montagem da mesa no chão.

Axé para todos.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Assim nasce um axé...


O começo do mês de setembro foi marcado pela entrega para os exús e pombagiras. Como não tivemos oportunidade de realizar a firmeza no dia correto, recebemos a orientação de fazer no dia 12 de setembro.

Acordamos cedo e partimos para o alto do corumbá, local em que presenteamos nossos queridos guardiões. Comida de santo, firmeza e respeito. Assim vai nascendo um axé. Nesta foto, nosso ogã Caio chega para a entrega do pade na tronqueira.

Vou postando as fotos ao longo da semana. Axé para todos!

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Centro de Umbanda Cavaleiros de Ogum

Como nunca fizemos nenhuma homenagem ao patrono da nossa casa, aqui no blog, segue um singelo ponto cantado para esse maravilhoso orixá que tanto tem nos ajudado no Centro de Umbanda Cavaleiros de Ogum.

Cavaleiro supremo
Mora dentro da lua
Sua bandeira divina
É o manto da Virgem pura

Salve Seu Ogum Beira - Mar

Ogunhê!

Onde as caveiras moram...


Ê Caveira, afirma ponto na folha da bananeira
Quando o galo canta é madruga
Foi Exú na encruzilhada batizado com dendê
Eu rezo uma oração de traz pra frente
Queima o fogo a chama ardente aquece Exú , alaroiê
Eu ouço a gargalhada do diabo
É Caveira o enviado do Príncipe Lucifer
É ele quem comanda o cemitério,
Catacumba tem mistério seu feitiço tem axé
Laroye a força da caveira

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

A função do ogã


É responsabilidade do ogã, não só no dia da gira como em qualquer dia de trabalho, olhar pelos demais médiuns, bem como pela integridade e pelo bom funcionamento do terreiro. O ogã, especialmente, tem a responsabilidade de se comportar como um médium exemplar e de orientar os demais médiuns a seguir um comportamento apropriado. O ogã é responsável pela gira e pelo transcorrer do trabalho espiritual da casa. O preparo de um ogã abrange a consciência do trabalho que desempenham e de sua responsabilidade, a consciência da energia que está envolvida no trabalho—é isso que faz um ogã.

Não se faz nenhum trabalho no terreiro, como uma gira ou uma camarinha, sem a presença de um ogã. Isso não significa um privilégio dos ogãs, pois todos os trabalhadores são de igual importância aos olhos dos espíritos. Em um terreiro, ninguém é melhor do que ninguém, pois todos estão trabalhando para crescer, aprender e progredir. Simplesmente, os ogãs são médiuns designados a uma das funções necessárias para o funcionamento da casa e, por isso, as energias que atuam neles difere das energias que atuam nos demais médiuns.

É tradicional que o ogã seja sempre do sexo masculino. Essa tradição é fundamentada no fato de que sua função exige uma estabilidade emocional que é dificultada pela sensibilidade mediúnica e pelos ciclos hormonais característicos do sexo feminino. O ogã aprende e participa de diversas funções na casa, inclusive as que incluem manipulações energéticas ligadas à proteção contra trabalhos de magia.

Nessas situações, um médium do sexo feminino estaria mais propenso a ser afetado emocionalmente do que um médium do sexo masculino, devido à diferença de sensibilidade mediúnica entre os sexos. Assegurar-se que todos os ogãs são do sexo masculino é, assim, uma forma de proteger os médiuns do sexo feminino (as quais são mais aptas que os médiuns do sexo masculino para outras funções dentro da casa, de igual importância).

O ogã anuncia a linha e "puxa" a vibração das entidades na gira, pois o mentor espiritual dos ogãs é o responsável por criar as condições adequadas que atraem as linhas que irão se comunicar. Assim, vê-se a importância dos ogãs saberem os pontos e o que cada ponto significa, a energia que cada ponto traz. A vibração espiritual associada com o médium que está girando está completamente associada com a vibração do canto e da voz dos ogãs. De todos os médiuns, principalmente os ogãs têm a função de concentrar e canalizar as energias durante o trabalho espiritual.

O ogã, assim, precisa aprender não só a cantar com o voz, mas, também, com a alma, com o coração. Como o pai-no-santo precisa, muitas vezes, estar incorporado durante a gira, os ogãs não devem contar com ele para saber que linha e que pontos devem cantar. Com o passar do tempo, o ogã conquista uma grande sintonia com os médiuns e com os guias de cada médium, por estar diretamente conectado com os espíritos e as linhas de trabalho que estão encarregados a trabalhar em cada médium.

Por isso, a preparação mediúnica antes dos trabalhos é particularmente importante para o bom desempenho de suas funções. Devido a essa conecção, os demais médiuns respondem, na ausência do pai-no-santo durante a gira, à forma de trabalho determinada pelos ogãs. Com a incorporação da entidade, é natural que os ogãs saibam intuitivamente, e pela experiência e observação, o tipo entidade (caboclo, exu, preto-velho etc) e a linha (o orixá) para a qual ela trabalha. Essa sintonia entre os ogãs e as entidades, quando apurada, dá força às entidades, aos médiuns e ao trabalho, de forma geral.

O som e as palavras têm uma força normalmente subestimada por nós. Se soubéssemos da repercussão da música e das palavras na mente das pessoas, seríamos muito mais cautelosos e atenciosos no falar e no cantar. Uma palavra, uma vez emitida, não se perde nunca e entra no mundo mental daquele que a ouviu. O som, o canto, o mantra, possui o mesmo valor, daí o dito popular que "quem canta, reza duas vezes". Dependendo da intenção com que o som, ou o mantra, é emitido, ele eleva a vibração do ambiente, se irradia, atrai, despacha, limpa ou fortifica. Por isso, todas as religiões têm seus mantras, seus cântigos, seus pontos.

A energia que atua no ogã é uma energia de força e segurança, pois são nesses sentidos que a mediunidade dele é usada durante a gira. Como exercem a função de segurança e de doação, os ogãs normalmente não incorporam, para que a energia da coroa seja mantida em constante equilíbrio. Da mesma forma, normalmente não são postos para "girar". Quando eles "giram", isso ocorre sem alterar a integridade e o equilíbrio da coroa; ou seja, os ogã "giram" para que a jira sirva as suas funções de harmonização (limpeza) e/ou de canalização de energias, mas não a de desenvolvimento da faculdade mediúnica ostensiva. Como o papel dos ogãs é o de doar energias para outros médiuns, eles recebem automaticamente, nesse processo, as energias benéficas associados com as diferentes funções de uma gira de caboclos. Por isso, é raro que os ogãs tenham necessidade de "girar" e, quando isso acontece, atende necessidades individuais especiais.


É possível que um médium que trabalhe como ogã em um terreiro de Umbanda e também como membro da equipe mediúnica em uma casa espírita apresente sensações distintas em cada casa, não percebendo influências no terreiro de Umbanda mas apresentando grande sensibilidade mediúnica durante o trabalho espírita; isso se deve às diferenças de compromissos e funções em cada tipo de trabalho espiritual.

Fonte: autor desconhecido

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Defuma com as ervas da jurema...


Muitos umbandistas lembram-se do uso ritualistico das ervas em banhos, amacis e abos e esquecem da manipulação delas junto ao fogo. Grande parte das vezes, essa manipulação de energia se dá por meio da defumação. Além de ser fundamental para o trabalho da umbanda, a defumação é um dos rituais que mais chama atenção de quem vai pela primeira vez participar de uma sessão.
Ao queimarmos as ervas, estamos soltando no ar elementos de poder energético aglutinado em meses ou anos absorvido do solo da Terra, da energia dos raios de sol, da lua, do ar, além dos próprios elementos constitutivos das plantas. Essa energia, externada pela fumaça, é capaz de desagregar larvas astrais de baixa vibração fruto da qualidade de pensamentos e desejos.
Dependendo do objetivo deve-se utilizar diferentes tipos de ervas para a defumação. Existem plantas que associadas permitem harminizar e energizar pessoas e ambientes. Há, também, vegetais cujas auras são agressivas, repulsivas, picantes ou corrosivas, que põem em fuga alguns desencarnados de vibração inferior. Assim, podemos dividir a defumação em duas categorias: defumação de descarrego e defumação lustral.
A defumaçã de descarrego serve para afastar seres do baixo astral e dissipar larvas astrais que impregnam um ambiente. Em geral, para esse tipo de defumação, utiliza-se ervas quentes com essencias mais agressivas como, por exemplo: alecrim, arruda, espada de São Jorge, guiné, pó de café e casca de alho
Já a defumação lustral atrai para os ambientes, correntes positivas dos Orixás, Caboclos, e Pretos Velhos e atrai bons fluidos e energia para as pessoas presentes no local. Essa defumaçãoi é feita com ervas de poder calmante e energizantes. Como principais exemplos temos: alfazema, flor de laranjeira, canela, bejoim e verbena.
Para defumar pode-se usar as ervas em sua forma natural, em pó ou em pequenos pedaços moídos, em forma de casca miúda, etc. Para se queimar essas ervas, usa-se normalmente um recipiente chamado turíbulo.
Turíbulos são recipientes de metal ou barro usados para queimar o incenso. Na Umbanda, usam-se nas giras ou sessões públicas, o turíbulo como na figura ao lado. Para queimar as ervas usam-se normalmente o carvão vegetal.
Lembrando sempre que o carvão vegetal deve estar em brasa e nunca em chamas.A quantidade de incenso que queira queimar deve ser proporcional ao tamanho da sala e ao número de pessoas presentes. Para isso somente através da experimentação descobriremos a quantidade certa.
Na casa em que me criei para a umbanda, foi no defumador que conheci grandes companheiros e pessoas para com quem carrego um respeito e afeto imenso. Muito axé para Bruno, Fumaça, Kadim e Jorjão, pessoas que me ensinaram um pouco mais sobre a arte de defumar.
"Corre gira pai ogum, filhos quer se defumar, umbanda tem fundamento é preciso preparar"

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Mojubá Exú


Hoje, nós umbandistas comemoramos e homenageamos o povo da esquerda. Como não vamos fazer festa no Centro de Umbanda Cavaleiros de Ogum, esta data, por falta de estrutura, segue uma homenagem para nossos queridos guardiões.

As entregas para o povo da esquerda continuam marcadas para o dia 12 de setembro e teremos a festa no final do ano. Salve o dono das escruzilhadas. Mojuba Exú!.

Prece de Exú

Sou Exú, Senhor. Pai, permite que assim te chame, pois, na realidade, Tu o és, como és meu criador. Formaste-me da poeira ástrica, mas como tudo que provém de Ti, sou real e eterno.
Permite Senhor, que eu possa servir-Te nas mais humildes e desprezíveis tarefas criadas pelos teus humanos filhos. Os homens me tratam de anjo decaído, de povo traidor, de rei das trevas, de gênio do mal e de tudo o mais em que encontram palavras para exprimir o seu desprezo por mim; no entanto, nem suspeitam que nada mais sou do que o reflexo deles mesmos. Não reclamo, não me queixo porque esta é a Tua Vontade.
Sou escorraçado, sou condenado a habitar as profundezas escuras da terra e trafegar pelas sendas tortuosas da provação.Sou invocado pela inconsciência dos homens a prejudicar o seu semelhante. Sou usado como instrumento para aniquilar aqueles que são odiados, movido pela covardia e maldade humanas sem contudo poder negar-me ou recorrer.
Pelo pensamento dos inconscientes, sou arrastado à exercer a descrença, a confusão e a ignomínia, pois esta é a condição que Tu me impuseste. Não reclamo, Senhor, mas fico triste por ver os teus filhos que criaste à Tua imagem e semelhança, serem envolvidos pelo turbilhão de iniqüidades que eles mesmos criam e, eu, por Tua lei inflexível, delas tenho que participar. No entanto, Senhor, na minha infinita pequenez e miséria, como me sinto grande e feliz quando encontro nalgum coração, um oásis de amor e sou solicitado a ajudar na prestação de uma caridade.
Aceito , sem queixumes, Senhor, a lei que, na Tua infinita sabedoria e justiça, me impuseste, a de executor das consciências, mas lamento e sofro mais porque os homens até hoje, não conseguiram compreender-me.
Peço-Te, Oh, Pai infinito que lhes perdoe.Peço-Te, não por mim, pois sei que tenho que completar o ciclo da minha provação, mas por eles, os teus humanos filhos.
Perdoa-os, e torna-os bons, porque somente através da bondade do seu coração, poderei sentir a vibração do Teu amor e a graça do Teu perdão.

Prece de Pombagira

Senhora poderosa das encruzilhadas, dama de todos os caminhos, patrona das ruas e da rosa vermelha. Moça bonita,que sua beleza seja a beleza dos nossos caminhos e que a sua força seja a força que aniquila a força dos nossos inimigos ocultos e declarados.
Pombogira, que o seu encanto seja o encanto dos meus desejos realizadoseu te saúdo com toda fé.

Laroyê pomba-gira!

Laroyê moça bonita!

Laroyê rosa vermelha da umbanda!

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Mistificação


Pessoal, hoje resolvi tocar em um ponto muitas vezes esquecido por nós umbandista: a mistificação. Podemos dizer que a mistificação é caracterizada pela fraude consciente do médium e a simulação premeditada do fenômeno mediúnico, com intenção de enganar os outros.

Médium mistificador, portanto, é aquele que FINGE, premeditada e conscientemente, estar em transe mediúnico, recebendo comunicação de espíritos desencarnados, quando, na verdade, está apenas inventando a mensagem para impressionar ou agradar as pessoas que estão à sua volta.

Desnecessário dizer o quão perigosa pode ser essa prática. Um médium correto com os princípios umbandistas não pode deixar que interesses e opiniões particulares passem a frente a orientação da espiritualidade. Julgo que esse processo, muitas vezes, parte da covardia de certos médiuns em darem recados ou falarem determinadas coisas. Muito mais fácil é recorrer à figura da mensagem mediúnica. Afinal, ordem do guia não deve ser discutida.

Também é importante diferenciar a mistificação do animismo. A atuação anímica do médium, por sua vez, acontece de forma quase sempre inconsciente, de modo que o próprio médium dificilmente consegue perceber a sua própria interferência ou participação no fenômeno que manifesta, não conseguindo separar o que é seu do que é criação mental do comunicante, mesmo quando o fenômeno, em si, é consciente.

O animismo não é, portanto, defeito mediúnico e nem deve ser tratado como distúrbio ou desequilíbrio da mediunidade ou do médium. Na verdade, como parte dos fenômenos psíquicos humanos, deve ser considerado, também, parte do fenômeno mediúnico.

Por isso, irmãos, devemos sempre estar atentos a essa linha que divide o animismo da mistificação. Para, no futuro, não padecermos de nenhum tipo de desequilíbrio que poderá resultar na nossa própria queda mediúnica.

Dirigentes de terreiros, não tenham medo de expor e ordenar aquilo que julgam ser o correto para o andamento dos trabalhos da Casa. Se a espiritualidade lhes incumbiu dessa missão de dirigente, é porque vocês têm a sabedoria necessária para decidir, dentro da lei, o que deve ou não ser feito. Quando estivermos decidindo pelo caminho errado, a espiritualidade também será responsável por apontar nossos desvios. Não utilizemos da mistificação para dar ordens que não tenham coragem de assumir.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Ervas na umbanda



Abôs, amacis, defumações e banhos de descarga. Esses são só alguns exemplos de fundamentos de umbanda que utilizam os segredos das ervas para manipular energia. Esse elemento possui poderes para atuar junto ao campo energético dos médiuns conhecidos por diversos povos ancestrais. No candomblé sua importância é tanta, que um orixá é responsavél pelo guarda desse segredo: Ossaim.

As ervas carregam grande força de energia vital dos vegetais. Por meio de uma combinação correta de elemetos, podem gerar energias positivas no que diz respeito ao equilibrio mediunico, ligação com os orixás e limpeza espiritual. Entretanto, quando manipuladas de forma errada podem ser a razão da queda de qualquer praticante da umbanda.

Nesse primeiro post, vamos tratar especificamente dos banhos, para depois entrarmos em um assunto mais complexo, os amacis. Os banhos de erva podem ser divididos em duas vertentes principais: banhos de descarrego e banhos de fixação.

Os banhos de descarrego são aqueles em que as entidades manipulam a energia das ervas para que todas as vibrações negativas, elementos de magia negra e influência de obssessores que estajam fixadas no perispírito sejam dissipadas. Qual praticante de umbanda nunca foi aconselhado a tomar um "banho de arruda para descarregar"?

Uma característica importante dos banhos de descarrego é que sempre são feitos ao natural. Raros são os banhos dessa natureza em que se "cozinha" a erva. O sangue vegetal, nesse caso, é obtido por meio da maceração das ervas e obtenção do sumo.

Já os banhos de fixação são aqueles utilizados para energização dos chácaras para o fortalecimento do procedimento mediúnico ou ligação do encarnada com a espiritualidade do alto astral. É o famoso banho de rosas brancas, por exemplo. Aqui, sim, muitas vezes se tem a necessidade do uso de água quente para obtenção do sumo, o que não inviabiliza a maceração.

Tão importante quanto a erva utilizada, é a "água" em que será manipulada. Por isso, é fundamental que o preparador do banho estaja atendo a temperatura e origem da mesma. Muitas vezes os banhos exigem água da cachoeira, água do mar e até mesmo água de coco. Espero ter ajudado sobre essa breve explicação sobre esse assunto tão denso. Logo, apresentaremos mais explicações sobre as ervas e os orixás.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

O que é Umbanda?

A Umbanda é uma religião que surgiu em todo o território brasileiro de forma sincrônica no final do século XIX, por meio da incorporação mediúnica de Entidades Espirituais que se identificaram como Caboclos.

O movimento Umbandista oficializou-se em 15 de novembro de 1908, por meio do médium Zélio Fernandino de Moraes, com a manifestação do Caboclo das Sete Encruzilhadas, em Niterói no bairro de Neves, Rio de Janeiro, que vem a ser o berço histórico do surgimento da Umbanda.

No decorrer do tempo, muitas outras Tendas foram surgindo no Rio de Janeiro e em outros Estados, expandindo o Movimento Umbandista.

A religião de Umbanda é a mesma em qualquer lugar do Brasil ou do Mundo, onde venha a existir, não tendo vários tipos de Umbanda, pois ela sempre se apresenta através da tríade da manifestação de Tupã, representada na prática da vida pelas formas de irradiações espirituais denominadas Caboclos, Pretos Velhos e Crianças. Estas formas de manifestações Espirituais ocorrem em qualquer parte do mundo, nas Tendas ou Templos de Umbanda.

A Umbanda é o conjunto de Leis que rege a vida e o equilíbrio do Universo, pregando o amor, a fraternidade e a caridade. É uma síntese expressiva de amor, sabedoria, respeito, tolerância e renuncia, conforme os ensinamentos dos mentores espirituais da Lei de Umbanda. Como religião ou como ciência, a Umbanda só reconhece uma hierarquia: a da evolução de cada Espírito nos diversos planos da criação e a vibratória estabelecida pelo merecimento de cada um.

Ou como explicitado pelo Caboclo das 7 encruzilhadas, Umbanda nada mais é do que A MANIFESTAÇÃO DO ESPÍRITO PARA A CARIDADE

Autor desconhecido

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Homenagem ao Zé Pelintra


Tenho saudades do Seu Zé

Da baixa do sapateiro

Da Lagoa Abaeté

Do tempo do boiadeiro...


segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Seo Doutor, Seo Doutor...


Pessoal,


Gostaria de agradecer a dedicação e presença de todos na festa do último sábado (8), em homenagem a nosso querido amigo Zé Pelintra. Apesar de todas as dificuldades, a energia foi muito boa.


Em breve, postarei as fotos da mesa. É muito bom acompanhar o crescimento do Centro de Umbanda Cavaleiros de Ogum e, também, do amor, da dedicação, da confiança e da fé de cada um de vocês para com a Casa. Espero que a gente consiga erguer o muro e o local de trabalho o mais rápido possível.


Preparem-se. Mês que vem, teremos a festa dos exús e das crianças.
Saravá Seu Zé Pelintra, Saravá Seu Zé Malandro, Saravá todos os malandros! Muita energia para a nossa caminhada, meus camaradas!

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Calendário de Trabalhos

Irmãos, segue o calendário de trabalhos do Centro de Umbanda Cavaleiros de Ogum para o mês de agosto:

08/08 - Homenagem ao nosso amigo Seu Zé Pelintra
13/08 - Primeiro evangelho dos Pretos - Velhos
20/08 - Homenagem a Iemanjá

Conto com a presença e participação de todos. Principalmente, na organização das festas
.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Força, Anna!

Anna, que papai oxalá lhe de toda a força que você precisa para entender e superar esse momento de separação momentâne, entre você e sua tia. Tenha a certeza que espíritos irmãos voltam a se reencontrar e que a vida não termina no desencare.
Lei da Evolução


Cada um de nós é um espírito encarnado a caminho de Deus. A vida na Terra é sempre uma oportunidade de reajustamento no caminho do bem. A escolha nos pertence. Logo, as conseqüências boas ou más são resultado de nossas próprias decisões. É a lei da "ação e reação", das causas e conseqüências. Se agora, estamos sofrendo, podemos concluir que a causa do sofrimento advém de erros anteriores. Se, portanto, fizermos o mal, cedo ou tarde, sofreremos a sua conseqüência. "A cada um segundo as suas obras" - disse Jesus. Isso explica a razão de tanto sofrimento no mundo.

Por isso, um caminha mais depressa que outro, como os diferentes alunos de uma mesma classe escolar. Quanto melhor nossa conduta, mais depressa nos libertaremos dos sofrimentos, encurtando o caminho da evolução.

Não há céu nem inferno, conforme pintam as religiões tradicionais. Existem, sim, estados de alma que podem ser descritos como celestiais ou infernais. Não existem também anjos ou demônios, mas apenas espíritos superiores e espíritos inferiores, que também estão a caminho da perfeição - os bons se tornando melhores e os maus se regenerando. Deus não quer que nenhum de seus filhos se perca, e a Vontade de Deus, a Suprema Vontade, é a Lei.

Se a sorte do ser humano fosse inapelavelmente selada após a morte, todos estaríamos perdidos, visto termos sido muito mais maus do que bons e quase ninguém, hoje em dia, mereceria ir para o céu de bem aventuranças, onde só caberiam os puros.

Por outro lado, uma vida, por mais longa que seja, não é suficiente para nos esclarecer a respeito dos Planos de Deus. Muitos não têm sequer como garantir a própria sobrevivência e muito menos ainda oportunidade de uma boa educação. Muitos nunca foram orientados para o bem. Outros, morrem cedo demais, antes mesmo de se esclarecerem sobre o melhor caminho a seguir.

Para medirmos o quanto de absurdo existe na idéia do céu e o inferno, como penas eternas, basta que formulemos as seguintes perguntas:

- "Como é que Deus, sendo o Supremo saber, sabendo inclusive o nosso futuro, criaria um filho, sabendo que ele iria para o inferno para toda a eternidade? Que Deus seria esse? Onde a sua bondade e sua misericórdia?"

- "E, como ficaria no céu uma mãe amorosa, sabendo que seu filho querido está ardendo no fogo do inferno?"

Que saudades do Seu Zé!



Exú? Malandro? Egum?

Muito se fala e pouco se entende a respeito do trabalho Seu Doutor Zé Pelintra na umbanda. Certa vez, questionado se era exú, malandro ou egum, Seu Zé apenas respondeu: "sou mais um Zé a serviço da lei divina".

No fundo é isso. Essa necessidade de nós humanos em categorizar tudo e todos acabam por criar preconceitos e resistências. Que importa a falange para qual se trabalha? No fundo, Seu Zé é mais um espirito de luz, seguidor da lei divina.

Espero pela força e axé de todos na nossa homenagem a Zé Pelintra no próximo sábado (08).

Saravá Seu Zé Pelintra!


Oração a Zé Pelintra

Salve Deus Pai criador de todo o Universo.
Salve Oxalá Força Divina do Amor, exemplo vivo de abnegação e carinho.
Bendito seja o Senhor do Bonfim.
Salve Zé Pelintra, mensageiro de Luz, guia e protetor de todos aqueles que em nome de Jesus Cristo, praticam a caridade.
Dai-nos Zé Pelintra, o sentimento suave que se chama misericórdia,
Dai-nos o bom conselho,
Dai-nos apoio, instrução espiritual que necessitamos,
Para dar aos nossos inimigos,
O amor e a misericórdia, que lhe devemos pelo amor de Nosso Senhor Jesus Cristo,
Para que todos os homens sejam felizes na terra, e possam viver sem amarguras, sem lágrimas e sem ódios.
Tomai-nos Zé Pelintra sob vossa proteção,
Desviai-nos dos espíritos atrasados e obsessores,
Enviados por nossos inimigos encarnados e desencarnados e pelo poder das trevas.
Iluminai nosso espírito, nossa alma, nossa inteligência e nosso coração abrazando-nos na chama do vosso amor por nosso Pai Oxalá.
Valei-nos Zé Pelintra nesta necessidade,
Concede-nos a graça do vosso auxílio junto ao Nosso Senhor Jesus Cristo,
Em favor deste pedido ( faz-se o pedido ).
E que Deus nosso Senhor em sua infinita misericórdia,
nos cubra de bênçãos e aumente a vossa luz e vossa força,
Para que mais e mais possa espalhar sobre a terra a caridade de Nosso Senhor Jesus Cristo
.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Aonde é que exú mora?


A sua casa não tem parede
Não tem janela
E não tem nada
Aonde é, aonde é que exú mora?
Exú mora na encruzilhada

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Plantei meu tridente na rua...


Pessoal, esse é o terreno onde será construído o Centro de Umbanda Cavaleiros de Ogum, em Planaltina (DF). Já levamos o pedreiro para fazer um orçamento e, em breve, deve começar a construção do muro. Contamos com a participação de todos.

Segurança


Na porteira do caminho
Meu congá tem segurança
Minha porteira tem espinho
É meia-noite o galo canta

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Por quê, nós umbandistas?

Por que nós umbandistas insistimos em ficar discutindo quais são os Orixás que devem ser cultuados na Umbanda e nos esquecemos que, independentemente dos nomes, Eles são um complexo vibracional e energético representados pelas Forças da Natureza? Por que, nós umbandistas, que cultuamos as Forças da Natureza, como manifestação Divina de Sua Infinita Sabedoria e Misericórdia, somos os primeiros a sujá-las com despachos e oferendas e quase nunca limpando o que sujamos?

Porque nós umbandistas, corremos de terreiro em terreiro somente para criticar este ou aquele dirigente, nos esquecendo que mesmo sendo diferentes de nossa maneira de pensar, estão praticando Caridade?

Por que nós umbandistas, não nos preocupamos mais com os falsos "Pais no Santo"? Por que nos limitamos em dizer que está errado cobrar trabalhos ou consultas, assediar sexualmente, obter benefícios materiais com a prática da religião e não tomamos uma atitude mais enérgica?

Por que, nós umbandistas, não buscamos nos instruirmos mais para podermos esclarecer mais?Porque, nós umbandistas, ao invés de nos orgulharmos das entidades que trabalhamos, e vivermos dizendo que foi "meu caboclo que resolveu", não buscamos ser motivo de orgulho para elas vivenciando as suas mensagens?

Por que, nós umbandistas, afirmamos que respeitamos todas as religiões, quando não conseguimos respeitar ou compreender, uma pequena discrepância litúrgica, natural de se encontrar de terreiro para terreiro?

Por que nós umbandistas, quando questionados sobre qual religião seguimos, dizemos quando muito, que somos espíritas, quando não o somos? Precisamos parar de mentir para nós mesmos e de desrespeitar os ensinamentos valorosos da Umbanda! Precisamos parar de sermos omissos.

Precisamos deixar de ter "vergonha" de dizer que SOMOS UMBANDISTAS! Precisamos compreender melhor a Umbanda e a nossa missão e objetivos dentro Dela! Porque ser umbandista não é só colocar a roupa branca e ir para o terreiro. É ter a mente e o coração limpos de interesses excusos. É ser humilde e caridoso! É carregar a bandeira da Umbanda com Amor e Fé!Precisamos aprender a SER UMBANDISTAS DE VERDADE!

Porque ser Umbandista é SER EXEMPLO DE MORAL E VIRTUDE!


Mãe Luzia Nascimento - Sacerdotisa de Umbanda e Dirigente do Centro Espiritualista Luz de Aruanda

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Festa de Xangô


Como já estavam me cobrando, resolvi postar essa foto da festa de Xango, o grande orixá da justiça. Nesse dia, nosso irmão Caio colocou a mão na massa e fez esse amalá que todos estão vendo. O axé foi maravilhoso.

Oração para Xangô

Bondoso São Jerônimo, o vosso nome Xangô, nos terreiros de Umbanda, desperta as mais puras vibrações. Protegei-nos, Xangô, contra os fluidos grosseiros dos espíritos malfazejos, amparai-nos nos momentos de aflição, afastai de nossa pessoa todos os males que forem provocados pelos trabalhos de magia negra.

Rogamo-vos, também, São Jerônimo, usar de nossa influência caridosa junto às mentes daqueles que por ambição, ignorância ou maldade, praticam o mal contra os seus irmãos empregando as forças elementais e astrais inferiores. Iluminai a mente desses irmãos, Afastando-os do erro e conduzindo-os à prática do bem.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Pretos-Velhos

Firmeza realizada no dia 23 de maio de 2009, em homenagem aos nossos queridos pretos-velhos. Cerca de 30 pessoas participaram da reunião, que terminou com a benção das crianças.

Salve a força dos pretos-velhos
As Sete Lágrimas eu Preto-Velho
Num cantinho de um terreiro, sentado num banquinho, fumando seu cachimbo, um triste preto velho chorava. De seus “olhos” molhados, esquisitas lágrimas pelas faces e seis porque contei – as, foram sete. Na incontida vontade de saber aproximei – me e o interroguei: fala meu preto velho, diz ao teu filho por que externas assim um tão visível dor? E ele suavemente respondeu: estás vendo esta multidão que entra e sai? As lagrimas contadas estão distribuída a cada uma delas.

A PRIMEIRA, eu dei a estes indiferentes que aqui vem à busca de distração, para saírem ironizando aquilo que suas mentes ofuscadas não podem conceber…

A SEGUNDA , a esses eternos duvidosos que acreditam , desacreditando, na expectativa de um milagre que os façam alcançar aquilo que seus próprios merecimentos negam.

A TERCEIRA, distribui aos maus, aqueles que somente procuram a umbanda, em busca de vingança, desejando sempre prejudica a um seu semelhante.
A QUARTA, aos frios e calculistas que sabem que existe uma força espiritual e procuram beneficiar – se dela de qualquer forma e não conhecem a palavra gratidão.

A QUINTA, chega suave, tem o riso, o elogio da flor dos lábios, mas se olharem bem o seu semblante, verão escrito: creio no umbanda, nos teus caboclos e no teu zambi, mas somente se vencerem o meu caso, ou me curarem disso ou daquilo.

A SEXTA, eu dei aos fúteis que vão de centro em centro não acreditando em nada, buscam aconchegos e conchavos e seus olhos revelam um interesse diferente.

A SÉTIMA, filho, nota como foi grande e como deslizou pesada? Foi a ultima, aquele que vive nos “olhos” de todos os orixás. Fiz doação dessas aos médiuns vaidosos que só aparecem no centro em dia de festa e faltam as doutrinas. Esquecem que existem tantos irmãos precisando de caridade e tantas criancinhas precisando de amparo materno e espiritual

Assim, filho meu, foi para esses todos, que vistes cair, uma a uma. As seteLágrimas de um preto velho.

Autor Desconhecido

Do livro: Umbanda de Todos Nós - W.W.da Matta e Silva (Mestre Yapacany)

A projeção e as formas-pensamentos

Há alguns anos atrás passei por algumas dificuldades, tanto ná área financeira quanto no campo afetivo. Foi uma fase muito difícil da minha vida, porém, analisando a fundo tudo o que estava passando e buscando despertar minha consciência, soube canalizar forças e superar minhas dificuldades Para isso, contei com a ajuda de irmãos espirituais que estiveram ao meu lado, não como “babás espirituais”, mas como amigos dispostos a me orientar e amparar, sem a intenção paternalista de percorrer o caminho que só cabe a mim percorrer. Entre estes espíritos amigos, está um que se apresentou como sendo o exu Sr. Tranca-Ruas.

Certa noite, já de madrugada, despertei projetado fora do corpo físico, no corredor da minha casa, que liga a sala com a cozinha. Antes que pudesse pensar em fazer qualquer coisa, algo me chamou a atenção no fundo do corredor. Era uma forma monstruosa, parecida com aquele fantasma verde do filme Ghostbusters – Os caça-fantasmas! Ela veio voando na minha direção e me atravessou. Olhei para trás e vi outro monstro, parecido com o primeiro, que também voou na minha direção, me atravessando. Pensei, então: – Meu Deus, são espíritos obsessores! Estou sendo assediado.

Imediatamente, comecei a rezar o Pai- Nosso, mas não consegui terminar. Aqueles monstros não paravam de voar, atravessando meu perispírito, fazendo caretas e me provocando no intuito de me assustar. E estavam conseguindo! Recomecei a orar, e nada de conseguir terminar a prece. Então, não tem jeito! – pensei. Preciso pedir auxílio a algum guardião! Iniciei, mentalmente, uma das preces cantadas do exu Sr. Tranca-Ruas. Assim que comecei a entoar seu ponto de evocação, um espírito de estatura mediana, vestindo uma camisa preta, lenço vermelho na cabeça e segurando uma espécie de cajado em uma das mãos, atravessou a porta que sai do terraço para a sala de estar. Entrou e, antes que me dissesse qualquer coisa, fui logo pedindo socorro. Disse que estava sendo assediado por espíritos obsessores monstruosos. Ele, então, com muita serenidade e confiança me respondeu: – Não são espíritos obsessores. São formas-pensamento. São criações emanadas da sua mente. Todos os seus medos e insegurança estão gerando essas formas que estão te assustando. – E o que posso fazer para acabar com elas? – perguntei ansiosamente. – Autoconfiança! Se você confiar mais em si mesmo, em seus potenciais, bastará dizer “sumam!” e elas desaparecerão para sempre. Quer ver? Neste momento, ele ergueu seu cajado e bateu com força, mas sem violência, no chão, e imediatamente aquelas formas-pensamento desapareceram. Senti uma força me puxar de volta ao corpo físico e acordei (na verdade já estava acordado, só que fora do corpo), voltando a manifestar minha consciência no plano físico denso. Levantei-me da cama e fui beber um copo d’água, refletindo nos ensinamentos que aquele espírito amigo havia me passado.

Realmente, quantos de nós somos responsáveis pelas dificuldades por que passamos! Quantas vezes, devido a nossa imprudência, atraímos situações que nos causam sofrimento que poderíamos evitar se vivêssemos com maior lucidez espiritual. Quantas vezes geramos pensamentos de medo, acreditando que somos incapazes de superar determinada situação, nos sentindo cada vez mais fracos. E o que é pior, passamos a usar drogas ou medicamentos na ânsia de acabar com nossa angústia. Isso quando não acreditamos que alguém fez magia negra contra nós ou que estamos sendo obsediados. Na maioria das vezes, nós mesmos é que somos os culpados. Podemos chamar isso de auto-obsessão. E quando determinada idéia é constante em nossa mente (monoideísmo) acabamos gerando as formas-pensamento. As formas-pensamento irão permanecer em torno do nosso campo mental, “gravitando” ao nosso redor, pois nós as alimentamos com nossa energia. Elas parecem ter vida própria, mas na verdade obedecem automaticamente a determinados padrões de manifestação, alguns, inclusive, que fazem parte do inconsciente coletivo. Muito médiuns clarividentes as confundem com espíritos, mas não são.

No meu caso, bastou que eu tomasse consciência de determinados pensamentos negativos que eram comuns, a ponto de serem gerados inconscientemente, para iniciar o processos de desintegração daquelas formas-pensamento. O processo de autoconhecimento é eterno. Trabalhemos sempre nele para que possamos nos libertar da cadeia de sofrimento em que vivemos, o sansara, como diz a sabedoria oriental. Conheça-te a ti mesmo! Eis a lição libertadora!