segunda-feira, 23 de maio de 2011

Um pouco de nossa história...

O Centro de Umbanda Cavaleiros de Ogum , carinhosamente chamado por nós de Cuco, é uma sociedade religiosa, sem fins lucrativos, fundada no plano físico em 10 de março de 2009. O templo se localiza na Quadra 14, conjunto F, casa 10 do bairro de Arapoanga em Planaltina, Distrito Federal.

A Casa tem por objetivos: praticar a caridade, seja de ordem espiritual ou material, difundir a doutrina umbandista e prestar, sem distinção ou cobrança monetária, assistência àqueles que necessitarem. No campo espiritual, o Cuco é dirigido pelo Sr. Ogum Beira – Mar, Caboclo Sete Flechas, Pai Cipriano das Almas e Exú Tranca Ruas das Almas, sendo Oxum o orixá regente do templo.

No campo espiritual, o compromisso de fundação da Casa foi firmado, ainda no ano de 2008 (dia 07 de junho), entre o próprio patrono do tempo, Senhor Ogum Beira-Mar, e o pai pequeno e primeiro presidente do Centro, Diogo Alberto de Sá. Na ocasião, o guia, incorporado no zelador espiritual, Danilo Molina, discursou a respeito da necessidade de instalação física de uma casa de caridade a serviço das leis divinas e se comprometeu a mobilizar esforços do lado espiritual para a estruturação do templo.

O desafio foi, então, aceito de imediato pelo nosso pai pequeno. Nesta reunião mediúnica, também estava presente a filha de fé Renata Mendes Molina. Dentre as orientações repassadas pelo Senhor Ogum, naquela noite, ficou a obrigação de estruturar energeticamente a corrente mediúnica e foi dado o prazo de sete anos para a abertura oficial da casa para o público. A única exigência feita na época foi a de que a inauguração do Cuco fosse em uma festa de Ogum, prazo que se dá em 23 de abril de 2014.

Então, começou o trabalho de firmeza energético do templo com sessões mediúnicas tanto na residência do zelador espiritual, quando na do pai pequeno da casa. Nesse meio tempo, novos membros foram se incorporando a correte, como nosso ogã Caio Molina, e o trabalho espiritual de organização do templo foram crescendo.
Com a doação do terreno, em 2009, viu-se a necessidade de constituição jurídica do templo para que a casa pudesse, oficialmente, se tornar proprietária do lote onde funcionaria o templo. Então, a fundação oficial do Cuco aconteceu em 10 de março de 2009.

Neste ponto, não podemos deixar de citar a participação fundamental de três pessoas: Adílson Silva, Maria Adelia da Silva Molina e Walter Molina. Foram esses três sócios beneméritos que viabilizaram a execução da construção física do nosso templo. Também foi durante a época da construção que nosso irmão de fé Leandro ingressou na corrente e recebeu a atribuição de ser o caseiro do Cuco.

Vale lembrar, que toda a estrutura física do templo também seguiu orientação da cúpula espiritual da Casa. A localização de cada uma das casinhas e pontos de forço do terreiro foi designada pelos próprios guias, assim como a forma de realizar e proceder o assentamento de cada uma dessas firmezas.

Com o andamento dos trabalhos mediúnicos, os membros da corrente e freqüentadores do templo sentiram necessidade de um maior entendimento sobre a doutrina umbandista. Foi daí que nasceu o evangelho do Pai Cipriano.

Uma vez por mês, os filhos de fé se reuniam com o Pai Cipriano das Almas para receber orientação sobre doutrina da Casa e informações sobre a própria religião, além de poderem tirar dúvidas sobre a espiritualidade com o próprio vovô. Foram justamente nesses evangelhos que o nosso irmão Henrique e, posteriormente, as nossas irmãs Ana Paula e Ana Lívia receberam a missão de constituir o grupo de doutrina.

Esse grupo é responsável pelo curso de formação de todos os novos médiuns que desejam ingressar na corrente do Centro de Umbanda Cavaleiros de Ogum. Todos ensinamentos repassados pelo grupo de doutrina são fundamentados nos evangelhos do próprio Pai Cipriano das Almas.

Temos, ainda, a missão de evoluir junto com os nossos guias e protetores espirituais. Afinal, não é apenas de tijolos e cimento que uma obra de caridade é constituída, mas sim de toda fé e dedicação dos filhos de fé em Oxalá.

Agora, com o templo já construído, temos o dever de estruturar e equilibrar energeticamente nossa corrente mediúnica. Pois, devemos estar prontos para o momento em que as portas do templo forem abertas para todos. Afinal, é preciso fazer o bem sem olhar a quem. É nosso dever sabermos todos os procedimentos e posturas da Casa. Afinal, seremos exemplos para os futuros filhos de fé e freqüentadores do templo.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Paz

Oxalá é quem governa o mundo
Só ele pode governar
Foi ele quem nos deu a luz
Clareou a Umbanda e os nossos Orixás
Foi ele quem nos deu a luz
Clareou a Umbanda e os nossos
Orixás.Oxalá, Oxalá, Oxalá
Abre os caminhos pra seus filhos trabalhar,
Oxalá.Oxalá,Oxalá, Oxalá
Abre os caminhos pra seus filhos trabalhar.

Itálico

terça-feira, 10 de maio de 2011

Comportamento do médium umbandista

Reforma íntima

A partir da ciência de sua mediunidade e do compromisso de colocá-lo a serviço da espiritualidade, o médium deverá conscientizar-se da própria necessidade de melhorar comportamentos e atitudes no dia a dia, que automaticamente refletirão de modo positivo nos trabalhos que realizará no templo e em sua vida como um todo.

Quando alguém assume o grau de médium, dele também é exigido que purifique seu íntimo, que reformule seus antigos conceitos a respeito da religiosidade e que se porte dignamente, de acordo com o que dele esperam os orixás sagrados, que o ampararão daí em diante.

A transformação interior é o caminho correto da vida, o caminho da retidão, o caminho da fé e da vontade, o caminho da luz. Em nossa mente e em nosso coração não deve haver separação entre mundo material e espiritual; não há tempo para a matéria e um tempo para o espírito, pois o valor da vista está na eternidade. A qualidade de tudo é universo de Deus.

A prática religiosa deve ser um ato sagrado o tempo todo, levando a simplicidade da vida para dentro do nosso coração e tornando sagrado o nosso mundo, as nossas ações, os nossos momentos. Não é preciso “arranjarmos tempo” para praticar a religião, o necessário é transformarmo-nos interiormente, buscando nossa verdadeira natureza e identidade, a cada momento, expressando isso na criação de um mundo melhor. É preciso purificar o corpo físico e o coração.

Purificação do corpo

A purificação do corpo implica comportamento limpo, claro e aberto, dar carinho e servir aos outros, fazendo de nós um modelo a ser seguido. Significa não ir à busca do prazer da gula, não falar palavras fúteis, desrespeitosas ou sobre os erros dos outros; não promover discórdias; mas sim, incentivar as pessoas a fazerem as coisas certas; falar palavras reconciliadoras; ser educado, amoroso, suave, delicado, afável, e benevolente; não falar alto e grosseiramente. Implica, ainda, o consumo de alimentos depurativos do sangue e curativos e a suspensão de vícios e maus hábitos.

Nos dias de trabalho estamos para Deus. Certos cuidados são exigidos: não ter relação sexual por pelo menos 24 horas antes; não ingerir bebida alcoólica e/ou outras substâncias prejudiciais a saúde , sejam elas legais ou ilegais; evitar o consumo de carne de qualquer espécie (principalmente carnes vermelhas). A alimentação deve ser leve, pois refeições pesadas ou picantes demais trazem distúrbios orgânicos e energéticos que desvirtuam o trabalho do médium, interferem na concentração e despertam emoções mais densas.

O excesso de alimentação produz odores desagradáveis pelos poros, pela saída dos pulmões e do estomago. O álcool e outras substâncias tóxicas conturbam os centros nervosos, entorpecendo a mente, anulando a percepção extra-sensorial e alternado certas funções psíquicas. Também abrem o campo mediúnico às vibrações negativas e estimulam o emocional dos médiuns.

Os procedimentos de resguardo visam desobstruir os pontos de captação de energias e afinizar a vibração do médium em seus padrão pessoal. Quanto mais puro em suas energias, mais facilmente o médium sintonizará, vibratoriamente, as irradiações dos orixás e isto, se feito continuamente, se expressará na saúde do médium, tornando-o menos suscetível às doenças.

Purificação do coração

A purificação do coração, enquanto fonte de consciência do ser humano, ocorre com a preservação do pensamento limpo e sem defeito. Para isso, devemos desenvolver a sinceridade, o respeito, a humildade, a gratidão, a harmonia, o contentamento, a misericórdia, a compaixão, a abnegação e o perdão, no entanto sem aplacar o sentimento de revolta contra as injustiças e a miséria.

Este mundo transitório da matéria deve ser entendido como uma dádiva, para podermos enxergar nossa verdadeira dimensão e caminhar para a comunhão com a consciência divina. Em nossa prática do dia-a-dia, temos de ser, nós mesmos, uma fonte de luz.

O ciclo reencarnacionista é uma das vias de evolução, sob irradiação dos sagrados orixás, na qual todo e qualquer espírito tem a possibilidade de percorrer um caminho de infinito aperfeiçoamento, tanto no plano material, quanto no plano espiritual.

O sentido da vida está em ajudarmos no equilíbrio de nossos semelhantes. Aqueles que se tornaram conhecedores da Lei e já conquistaram seu equilíbrio buscam a essência do Criador nas coisas mais simples; sacrificam-se pelos semelhantes, sem nada esperar em troca; preocupam-se em não depredar a natureza. Integram-se por inteiro ao ancestral místico, sabendo que tudo é parte do mesmo corpo de Olorum.

A nós umbandistas, cabe purificar o nosso íntimo, renovar a religiosidade e a fé nos sagrados orixás, no nosso meio humano, sofrido e desencantado com tantas injustiças sociais. Temos que lidar, simultaneamente, como o nosso íntimo e com o nosso meio, sem nos dissociarmos de nada ou de ninguém a nossa volta. É fundamental que conquistemos os dons, as virtudes e a harmonia para o nosso planeta, retornando à simplicidade de cultuar Deus, de sermos responsáveis pela vida e auxiliares do nosso Divino Criador. Se essa for a prática cotidiana na vida do médium, torná-lo-á inacessível aos espíritos trevosos e às vibrações negativas.






Fonte: Manual Doutrinário. Ritualístico e Comportamental Umbandista - Lurdes de Campos Vieira com supervisão de Rubens Saraceni