O Centro de Umbanda Cavaleiros de Ogum tem por objetivos: praticar a caridade, difundir a doutrina umbandista e prestar assistência àqueles que necessitarem.
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Confraternização
Pessoal, no último dia 19 de dezembro, realizamos a confraternização de final de ano do Centro de Umbanda Cavaleiros de Ogum. A festa estava maravilhosa. Agradeço a participação de todos e, também, todo axé e dedicação ao longo de 2009. Para 2010, mais força para nossos trabalhos e conclusão das obras.
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Ora-ye-yeo
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Mais construção...
Desculpem por não estar falando sobre nossa querida umbanda propriamente dita,mas as obras de contrução da Casa tem tomado quase todo nosso tempo. Vamos mantendo todos informados por aqui. Essa foto foi tirado hoje.
Axé!
Endereço
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Panorama CUCO
As obras continuam...
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Livro sobre Exu causa guerra santa em escola municipal
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Defumação
Todo local onde se vive, seja um templo, sua casa ou local de trabalho, pode e deve ser defumado.
A Casa onde se mora principalmente, ainda mais se se é uma pessoa que trabalha com a espiritualidade do santo, e que mantém em casa suas firmezas ou mesmo os seus instrumentos litúrgicos.
Todo mundo que tem “luz” própria ou que tem em si ou sua casa um local de concentração de energia, acaba sendo um atrativo para as inúmeras almas perdidas que existem vagando pela terra. Assim, ao defumarmos, nem sempre estamos tratando de afastar demandas contra nós, mas também de manter o equilíbrio de nossa própria casa.
Qualquer pessoa com ou sem uma mediunidade ativa, pode perceber quando ha uma alteração no ambiente e nesses casos deve se recorrer a uma defumação. No caso de terreiros e casas de santo, onde tudo isso é mais grave ainda, ou melhor mais intenso, o início de cada sessão de trabalho deve ser precedido de uma defumação.
Considero que defumar não é um processo formal ou ordinário e sim uma liturgia e quem defuma algum lugar sempre deve se preparar porque vai estar absorvendo também as energias negativas do lugar, como um para-raio, ou um “aspirador de pó”.
Depois do ambiente ruim faz-se uma nova defumação com um outro defumador “doce” que irá preencher o ambiente com a energia que se quer deixar evitando assim um vazio que é a oportunidade para coisas indesejadas ou mesmo um ambiente estéril e que não traga conforto aosocupantes do lugar.
No caso de terreiros ou casas de trabalho é similar. É comum se defumar mais de uma vez ao longo do dia de maneira a garantir a limpeza astral do lugar. No início de trabalhos com determinadas linhas, como a do povo cigano ou do oriente, pode-se passar um defumador “doce” com a finalidade de atrair e facilitar as energias destas entidades. No catimbó o cachimbo é também um instrumento de defumação e preparação do ambiente. Pode-se usar fumos com ervas de limpeza para limpar a seção, como também pode-se colocar misturas “doces” para facilitar ou chamar a incorporação.
Os defumadores devem ter fórmulas adequadas a cada finalidade. Um pessoa experiente sabe fazer os seus e pode ter vários que são usados conforme o caso e, que combinam as ervas mais adequadas e as ervas que fazem parte do seu fundamento e de suas entidades, porque como eu disse a gente nunca faz isso sozinho.
Um exemplo de protocolo de limpeza para defumar uma casa carregada e com presença de eguns, pode-se iniciar usando um primeiro defumador somente com saco-saco, ou na falta deste com palha-de-cana ou de bambu. Estes elementos são recomendados para se defumar dentro de casa, mas deve-se retirar as pessoas antes. Quando se vai defumar um local onde não moram pessoas ou o terreno de uma casa pode-se usar receitas como a seguinte:
Como parte da ultima etapa, pode-se jogar canjica cozida e fria no telhado e soprar na porta e terreno um atim feito de farinha de àkàsà e olho-de-boi que deve ser quebrado e moído até ficar um pós fino. Como o olho-de-boi é muito duro deve se ir quebrando-o até virar um pó branco. Faz-se assim, coloca-se um pouco da mistura na palma da mão direita e se sopra esta quantidade (formando uma pequena núvem) nas portas e nos cantos.
Outra prática com muito resultado é jogar uma mistura de água e sal, nas soleiras de portas e janelas, vai se jogando e rezandopara se fechar aqueles acessos para o mal. Existe também outra mistura que se faz com waji (um pó bem azul) e folhas de louro (a idade da pessoa +1).
Neste casos primeiro se ferve a Água, desliga o fogo, coloca as folhas de louro e abafa. Quando estiver frio coloca-se o waji. Joga-se isso nas soleiras das portas e portões.
Para poder passar isso tudo é bom ter uma boa quantidade de carvão em brasa e ter vários tulíbulos, eu gosto dos de barro. Para que não se use o mesmo tulíbulo com defumadores diferentes e no caso de ambientes grande não se fique com muita cinza de defumador, o que acaba deixando um cheiro de fumaça no ambiente ao invés do cheiro de defumador. Um bom defumador é tão bomquanto acender uma vareta de incenso.
Concentração é um elemento muito importante neste trabalho. Assim deve-se rezar antes de inicia-lo pedindo a proteção dos seus mestres, deve cantar durante e deve-se encerrar com uma reza ou cantiga de agradecimento ou fechamento.
Enfim, a defumação é um processo litúrgico complexo e que é mais do que acender um “divino” num tulibulo de alumínio.
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Salve Jorge!
ORAÇÃO COM JUSTIÇA
O meu pai Ogum, eu lhe peço por minha causa.
Pois sei que como a árvore plantada junto a corrente d’água, no seu devido tempo o seu fruto será bem sucedido.
Louvo ao meu pai de todo o meu coração,
Guardai-me, porque no senhor eu confio.
Meu pai como tem crescido o número de meus adversários!
Protege-me, preserve a nossa casa.
Tu és a minha fortaleza, escutai as minhas orações.
Pois sabendo que está a minha escuta eu lhe peço.
Que todos que pedir por mim e pelos meus, saiba pedir!
Pois sempre irei rogar ao meu SANTO, que lhe de tudo em dobro.
QUE ASSIM SEJA.
Autor: Dawan D’ogum
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Evolução umbandista
O perigo do médium homem é a consulente mulher; do médium mulher é o consulente homem. É preciso estar sempre de prevenção, porque os próprios obsessores que procuram atacar as nossas casas fazem com que toque alguma coisa no coração da mulher que fala ao pai de terreiro, como no coração do homem que fala à mãe de terreiro. É preciso haver muita moral para que a Umbanda progrida, seja forte e coesa. Umbanda é humildade, amor e caridade – esta a nossa bandeira.
Neste momento, meus irmãos, me rodeiam diversos espíritos que trabalham na Umbanda do Brasil: Caboclos de Oxossi, de Ogum, de Xangô. Eu, porém, sou da falange de Oxossi, meu pai, e não vim por acaso, trouxe uma ordem, uma missão. Meus irmãos: sejam humildes, tenham amor no coração, amor de irmão para irmão, porque vossas mediunidades ficarão mais puras, servindo aos espíritos superiores que venham a baixar entre vós; é preciso que os aparelhos estejam sempre limpos, os instrumentos afinados com as virtudes que Jesus pregou aqui na Terra, para que tenhamos boas comunicações e proteção para aqueles que vêm em busca de socorro nas casas de Umbanda.
Meus irmãos: meu aparelho já está velho, com 80 anos a fazer, mas começou antes dos 18. Posso dizer que o ajudei a casar, para que não estivesse a dar cabeçadas, para que fosse um médium aproveitável e que, pela sua mediunidade, eu pudesse implantar a nossa Umbanda. A maior parte dos que trabalham na Umbanda, se não passaram por esta Tenda, passaram pelas que saíram desta Casa. Tenho uma coisa a vos pedir: se Jesus veio ao planeta Terra na humildade de uma manjedoura, não foi por acaso. Assim o Pai determinou. Podia ter procurado a casa de um potentado da época, mas foi escolher aquela que havia de ser sua mãe, este espírito que viria traçar à humanidade os passos para obter paz, saúde e felicidade.
Que o nascimento de Jesus, a humildade que Ele baixou à Terra, sirvam de exemplos, iluminando os vossos espíritos, tirando os escuros de maldade por pensamento ou práticas; que Deus perdoe as maldades que possam ter sido pensadas, para que a paz possa reinar em vossos corações e nos vossos lares. Fechai os olhos para a casa do vizinho; fechai a boca para não murmurar contra quem quer que seja; não julgueis para não serdes julgados; acreditai em Deus e a paz entrará em vosso lar. É dos Evangelhos.
Eu, meus irmãos, como o menor espírito que baixou à Terra, mas amigo de todos, numa concentração perfeita dos companheiros que me rodeiam neste momento, peço que eles sintam a necessidade de cada um de vós e que, ao sairdes deste templo de caridade, encontreis os caminhos abertos, vossos enfermos melhorados e curados, e a saúde para sempre em vossa matéria. Com um voto de paz, saúde e felicidade, com humildade, amor e caridade, sou e sempre serei o humilde Caboclo das Sete Encruzilhadas.
Mensagem do Caboclo das Sete Encruzilhadas gravada pela senhora Lilia Ribeiro, diretora da Tenda de Umbanda Luz, Esperança, Fraternidade, no Rio de Janeiro, em 1971
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Mão na massa
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Começa mais uma batalha!
Salve toda Ibejada!
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Tem doce vovó, tem doce lá no jardim...
Ao lidarmos com Ibeji não devemos esquecer que estamos em contato com uma energia infantil, a qual não devemos nada prometer se não pudermos cumprir. Ibeji ajuda sempre aos que lhes são simpáticos a troco de nada, no entanto, se prometermos teremos que cumprir.
As cores consagradas a Ibeji na Umbanda são o azul e o rosa, sendo também muito comum o uso de outras cores em suas roupas e obrigações. Gostam de doces. A bebida preferida é o suco de frutas, sendo também aceito o guaraná (sem gelo).
Em muitos Terreiros, sempre Os chamam para a limpeza espiritual, da assistência e dos Médiuns, após sessões pesadas na maioria das vezes encerram com Ibeji.
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Engabelo completo
Axé para todos!
Concentração para firmar o axé...
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Firmeza de ogã
Quase sempre nada enxerga!
Quem não se quebra!
Logo logo se enverga!
A favor dos ventos!
Eu sempre arranjo um jeito!
De correr para o meu cruzeiro!
Pra ver os meus companheiros!
Para o meu povo!
Eu não preciso me apresentar!
Pois todos me conhecem!
Quando eu chego lá!
Sou o exu tiriri!
Na linha de lebá!
Até o inferno treme!
Quando me vê chegar!
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Mesa posta...
Salve o dono da casa...
terça-feira, 15 de setembro de 2009
A comida...
Farinha, azeite de dende, pimenta e cebola. Quem nunca fez um padê para exú? No dia da firmeza do Centro de Umbanda Cavaleiros de Ogum o resultados foram essas comidas.
Claro que não faltou vela, marafos, flores e pito. Nessa foto, ainda nos preparavamos para começar a arriada. Em seguida, posto as fotos do começo da firmeza para o Seu Tranca Ruas das Almas e da montagem da mesa no chão.
Axé para todos.
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Assim nasce um axé...
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Centro de Umbanda Cavaleiros de Ogum
Cavaleiro supremo
Mora dentro da lua
Sua bandeira divina
É o manto da Virgem pura
Salve Seu Ogum Beira - Mar
Ogunhê!
Onde as caveiras moram...
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
A função do ogã
É responsabilidade do ogã, não só no dia da gira como em qualquer dia de trabalho, olhar pelos demais médiuns, bem como pela integridade e pelo bom funcionamento do terreiro. O ogã, especialmente, tem a responsabilidade de se comportar como um médium exemplar e de orientar os demais médiuns a seguir um comportamento apropriado. O ogã é responsável pela gira e pelo transcorrer do trabalho espiritual da casa. O preparo de um ogã abrange a consciência do trabalho que desempenham e de sua responsabilidade, a consciência da energia que está envolvida no trabalho—é isso que faz um ogã.
Não se faz nenhum trabalho no terreiro, como uma gira ou uma camarinha, sem a presença de um ogã. Isso não significa um privilégio dos ogãs, pois todos os trabalhadores são de igual importância aos olhos dos espíritos. Em um terreiro, ninguém é melhor do que ninguém, pois todos estão trabalhando para crescer, aprender e progredir. Simplesmente, os ogãs são médiuns designados a uma das funções necessárias para o funcionamento da casa e, por isso, as energias que atuam neles difere das energias que atuam nos demais médiuns.
É tradicional que o ogã seja sempre do sexo masculino. Essa tradição é fundamentada no fato de que sua função exige uma estabilidade emocional que é dificultada pela sensibilidade mediúnica e pelos ciclos hormonais característicos do sexo feminino. O ogã aprende e participa de diversas funções na casa, inclusive as que incluem manipulações energéticas ligadas à proteção contra trabalhos de magia.
Nessas situações, um médium do sexo feminino estaria mais propenso a ser afetado emocionalmente do que um médium do sexo masculino, devido à diferença de sensibilidade mediúnica entre os sexos. Assegurar-se que todos os ogãs são do sexo masculino é, assim, uma forma de proteger os médiuns do sexo feminino (as quais são mais aptas que os médiuns do sexo masculino para outras funções dentro da casa, de igual importância).
O ogã anuncia a linha e "puxa" a vibração das entidades na gira, pois o mentor espiritual dos ogãs é o responsável por criar as condições adequadas que atraem as linhas que irão se comunicar. Assim, vê-se a importância dos ogãs saberem os pontos e o que cada ponto significa, a energia que cada ponto traz. A vibração espiritual associada com o médium que está girando está completamente associada com a vibração do canto e da voz dos ogãs. De todos os médiuns, principalmente os ogãs têm a função de concentrar e canalizar as energias durante o trabalho espiritual.
O ogã, assim, precisa aprender não só a cantar com o voz, mas, também, com a alma, com o coração. Como o pai-no-santo precisa, muitas vezes, estar incorporado durante a gira, os ogãs não devem contar com ele para saber que linha e que pontos devem cantar. Com o passar do tempo, o ogã conquista uma grande sintonia com os médiuns e com os guias de cada médium, por estar diretamente conectado com os espíritos e as linhas de trabalho que estão encarregados a trabalhar em cada médium.
Por isso, a preparação mediúnica antes dos trabalhos é particularmente importante para o bom desempenho de suas funções. Devido a essa conecção, os demais médiuns respondem, na ausência do pai-no-santo durante a gira, à forma de trabalho determinada pelos ogãs. Com a incorporação da entidade, é natural que os ogãs saibam intuitivamente, e pela experiência e observação, o tipo entidade (caboclo, exu, preto-velho etc) e a linha (o orixá) para a qual ela trabalha. Essa sintonia entre os ogãs e as entidades, quando apurada, dá força às entidades, aos médiuns e ao trabalho, de forma geral.
O som e as palavras têm uma força normalmente subestimada por nós. Se soubéssemos da repercussão da música e das palavras na mente das pessoas, seríamos muito mais cautelosos e atenciosos no falar e no cantar. Uma palavra, uma vez emitida, não se perde nunca e entra no mundo mental daquele que a ouviu. O som, o canto, o mantra, possui o mesmo valor, daí o dito popular que "quem canta, reza duas vezes". Dependendo da intenção com que o som, ou o mantra, é emitido, ele eleva a vibração do ambiente, se irradia, atrai, despacha, limpa ou fortifica. Por isso, todas as religiões têm seus mantras, seus cântigos, seus pontos.
A energia que atua no ogã é uma energia de força e segurança, pois são nesses sentidos que a mediunidade dele é usada durante a gira. Como exercem a função de segurança e de doação, os ogãs normalmente não incorporam, para que a energia da coroa seja mantida em constante equilíbrio. Da mesma forma, normalmente não são postos para "girar". Quando eles "giram", isso ocorre sem alterar a integridade e o equilíbrio da coroa; ou seja, os ogã "giram" para que a jira sirva as suas funções de harmonização (limpeza) e/ou de canalização de energias, mas não a de desenvolvimento da faculdade mediúnica ostensiva. Como o papel dos ogãs é o de doar energias para outros médiuns, eles recebem automaticamente, nesse processo, as energias benéficas associados com as diferentes funções de uma gira de caboclos. Por isso, é raro que os ogãs tenham necessidade de "girar" e, quando isso acontece, atende necessidades individuais especiais.
É possível que um médium que trabalhe como ogã em um terreiro de Umbanda e também como membro da equipe mediúnica em uma casa espírita apresente sensações distintas em cada casa, não percebendo influências no terreiro de Umbanda mas apresentando grande sensibilidade mediúnica durante o trabalho espírita; isso se deve às diferenças de compromissos e funções em cada tipo de trabalho espiritual.
Fonte: autor desconhecido
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Defuma com as ervas da jurema...
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Mojubá Exú
Hoje, nós umbandistas comemoramos e homenageamos o povo da esquerda. Como não vamos fazer festa no Centro de Umbanda Cavaleiros de Ogum, esta data, por falta de estrutura, segue uma homenagem para nossos queridos guardiões.
As entregas para o povo da esquerda continuam marcadas para o dia 12 de setembro e teremos a festa no final do ano. Salve o dono das escruzilhadas. Mojuba Exú!.
Prece de Pombagira
Laroyê pomba-gira!
Laroyê moça bonita!
Laroyê rosa vermelha da umbanda!
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Mistificação
Pessoal, hoje resolvi tocar em um ponto muitas vezes esquecido por nós umbandista: a mistificação. Podemos dizer que a mistificação é caracterizada pela fraude consciente do médium e a simulação premeditada do fenômeno mediúnico, com intenção de enganar os outros.
Médium mistificador, portanto, é aquele que FINGE, premeditada e conscientemente, estar em transe mediúnico, recebendo comunicação de espíritos desencarnados, quando, na verdade, está apenas inventando a mensagem para impressionar ou agradar as pessoas que estão à sua volta.
Desnecessário dizer o quão perigosa pode ser essa prática. Um médium correto com os princípios umbandistas não pode deixar que interesses e opiniões particulares passem a frente a orientação da espiritualidade. Julgo que esse processo, muitas vezes, parte da covardia de certos médiuns em darem recados ou falarem determinadas coisas. Muito mais fácil é recorrer à figura da mensagem mediúnica. Afinal, ordem do guia não deve ser discutida.
Também é importante diferenciar a mistificação do animismo. A atuação anímica do médium, por sua vez, acontece de forma quase sempre inconsciente, de modo que o próprio médium dificilmente consegue perceber a sua própria interferência ou participação no fenômeno que manifesta, não conseguindo separar o que é seu do que é criação mental do comunicante, mesmo quando o fenômeno, em si, é consciente.
O animismo não é, portanto, defeito mediúnico e nem deve ser tratado como distúrbio ou desequilíbrio da mediunidade ou do médium. Na verdade, como parte dos fenômenos psíquicos humanos, deve ser considerado, também, parte do fenômeno mediúnico.
Por isso, irmãos, devemos sempre estar atentos a essa linha que divide o animismo da mistificação. Para, no futuro, não padecermos de nenhum tipo de desequilíbrio que poderá resultar na nossa própria queda mediúnica.
Dirigentes de terreiros, não tenham medo de expor e ordenar aquilo que julgam ser o correto para o andamento dos trabalhos da Casa. Se a espiritualidade lhes incumbiu dessa missão de dirigente, é porque vocês têm a sabedoria necessária para decidir, dentro da lei, o que deve ou não ser feito. Quando estivermos decidindo pelo caminho errado, a espiritualidade também será responsável por apontar nossos desvios. Não utilizemos da mistificação para dar ordens que não tenham coragem de assumir.
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Ervas na umbanda
Abôs, amacis, defumações e banhos de descarga. Esses são só alguns exemplos de fundamentos de umbanda que utilizam os segredos das ervas para manipular energia. Esse elemento possui poderes para atuar junto ao campo energético dos médiuns conhecidos por diversos povos ancestrais. No candomblé sua importância é tanta, que um orixá é responsavél pelo guarda desse segredo: Ossaim.
As ervas carregam grande força de energia vital dos vegetais. Por meio de uma combinação correta de elemetos, podem gerar energias positivas no que diz respeito ao equilibrio mediunico, ligação com os orixás e limpeza espiritual. Entretanto, quando manipuladas de forma errada podem ser a razão da queda de qualquer praticante da umbanda.
Nesse primeiro post, vamos tratar especificamente dos banhos, para depois entrarmos em um assunto mais complexo, os amacis. Os banhos de erva podem ser divididos em duas vertentes principais: banhos de descarrego e banhos de fixação.
Os banhos de descarrego são aqueles em que as entidades manipulam a energia das ervas para que todas as vibrações negativas, elementos de magia negra e influência de obssessores que estajam fixadas no perispírito sejam dissipadas. Qual praticante de umbanda nunca foi aconselhado a tomar um "banho de arruda para descarregar"?
Uma característica importante dos banhos de descarrego é que sempre são feitos ao natural. Raros são os banhos dessa natureza em que se "cozinha" a erva. O sangue vegetal, nesse caso, é obtido por meio da maceração das ervas e obtenção do sumo.
Já os banhos de fixação são aqueles utilizados para energização dos chácaras para o fortalecimento do procedimento mediúnico ou ligação do encarnada com a espiritualidade do alto astral. É o famoso banho de rosas brancas, por exemplo. Aqui, sim, muitas vezes se tem a necessidade do uso de água quente para obtenção do sumo, o que não inviabiliza a maceração.
Tão importante quanto a erva utilizada, é a "água" em que será manipulada. Por isso, é fundamental que o preparador do banho estaja atendo a temperatura e origem da mesma. Muitas vezes os banhos exigem água da cachoeira, água do mar e até mesmo água de coco. Espero ter ajudado sobre essa breve explicação sobre esse assunto tão denso. Logo, apresentaremos mais explicações sobre as ervas e os orixás.
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
O que é Umbanda?
O movimento Umbandista oficializou-se em 15 de novembro de 1908, por meio do médium Zélio Fernandino de Moraes, com a manifestação do Caboclo das Sete Encruzilhadas, em Niterói no bairro de Neves, Rio de Janeiro, que vem a ser o berço histórico do surgimento da Umbanda.
No decorrer do tempo, muitas outras Tendas foram surgindo no Rio de Janeiro e em outros Estados, expandindo o Movimento Umbandista.
A religião de Umbanda é a mesma em qualquer lugar do Brasil ou do Mundo, onde venha a existir, não tendo vários tipos de Umbanda, pois ela sempre se apresenta através da tríade da manifestação de Tupã, representada na prática da vida pelas formas de irradiações espirituais denominadas Caboclos, Pretos Velhos e Crianças. Estas formas de manifestações Espirituais ocorrem em qualquer parte do mundo, nas Tendas ou Templos de Umbanda.
A Umbanda é o conjunto de Leis que rege a vida e o equilíbrio do Universo, pregando o amor, a fraternidade e a caridade. É uma síntese expressiva de amor, sabedoria, respeito, tolerância e renuncia, conforme os ensinamentos dos mentores espirituais da Lei de Umbanda. Como religião ou como ciência, a Umbanda só reconhece uma hierarquia: a da evolução de cada Espírito nos diversos planos da criação e a vibratória estabelecida pelo merecimento de cada um.
Ou como explicitado pelo Caboclo das 7 encruzilhadas, Umbanda nada mais é do que A MANIFESTAÇÃO DO ESPÍRITO PARA A CARIDADE
Autor desconhecido
terça-feira, 11 de agosto de 2009
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Seo Doutor, Seo Doutor...
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Calendário de Trabalhos
08/08 - Homenagem ao nosso amigo Seu Zé Pelintra
13/08 - Primeiro evangelho dos Pretos - Velhos
20/08 - Homenagem a Iemanjá
Conto com a presença e participação de todos. Principalmente, na organização das festas.
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Força, Anna!
Cada um de nós é um espírito encarnado a caminho de Deus. A vida na Terra é sempre uma oportunidade de reajustamento no caminho do bem. A escolha nos pertence. Logo, as conseqüências boas ou más são resultado de nossas próprias decisões. É a lei da "ação e reação", das causas e conseqüências. Se agora, estamos sofrendo, podemos concluir que a causa do sofrimento advém de erros anteriores. Se, portanto, fizermos o mal, cedo ou tarde, sofreremos a sua conseqüência. "A cada um segundo as suas obras" - disse Jesus. Isso explica a razão de tanto sofrimento no mundo.
Por isso, um caminha mais depressa que outro, como os diferentes alunos de uma mesma classe escolar. Quanto melhor nossa conduta, mais depressa nos libertaremos dos sofrimentos, encurtando o caminho da evolução.
Não há céu nem inferno, conforme pintam as religiões tradicionais. Existem, sim, estados de alma que podem ser descritos como celestiais ou infernais. Não existem também anjos ou demônios, mas apenas espíritos superiores e espíritos inferiores, que também estão a caminho da perfeição - os bons se tornando melhores e os maus se regenerando. Deus não quer que nenhum de seus filhos se perca, e a Vontade de Deus, a Suprema Vontade, é a Lei.
Se a sorte do ser humano fosse inapelavelmente selada após a morte, todos estaríamos perdidos, visto termos sido muito mais maus do que bons e quase ninguém, hoje em dia, mereceria ir para o céu de bem aventuranças, onde só caberiam os puros.
Por outro lado, uma vida, por mais longa que seja, não é suficiente para nos esclarecer a respeito dos Planos de Deus. Muitos não têm sequer como garantir a própria sobrevivência e muito menos ainda oportunidade de uma boa educação. Muitos nunca foram orientados para o bem. Outros, morrem cedo demais, antes mesmo de se esclarecerem sobre o melhor caminho a seguir.
Para medirmos o quanto de absurdo existe na idéia do céu e o inferno, como penas eternas, basta que formulemos as seguintes perguntas:
- "Como é que Deus, sendo o Supremo saber, sabendo inclusive o nosso futuro, criaria um filho, sabendo que ele iria para o inferno para toda a eternidade? Que Deus seria esse? Onde a sua bondade e sua misericórdia?"
- "E, como ficaria no céu uma mãe amorosa, sabendo que seu filho querido está ardendo no fogo do inferno?"
Que saudades do Seu Zé!
Exú? Malandro? Egum?
Muito se fala e pouco se entende a respeito do trabalho Seu Doutor Zé Pelintra na umbanda. Certa vez, questionado se era exú, malandro ou egum, Seu Zé apenas respondeu: "sou mais um Zé a serviço da lei divina".
No fundo é isso. Essa necessidade de nós humanos em categorizar tudo e todos acabam por criar preconceitos e resistências. Que importa a falange para qual se trabalha? No fundo, Seu Zé é mais um espirito de luz, seguidor da lei divina.
Espero pela força e axé de todos na nossa homenagem a Zé Pelintra no próximo sábado (08).
Saravá Seu Zé Pelintra!
Oração a Zé Pelintra
Salve Deus Pai criador de todo o Universo.
Salve Oxalá Força Divina do Amor, exemplo vivo de abnegação e carinho.
Bendito seja o Senhor do Bonfim.
Salve Zé Pelintra, mensageiro de Luz, guia e protetor de todos aqueles que em nome de Jesus Cristo, praticam a caridade.
Dai-nos Zé Pelintra, o sentimento suave que se chama misericórdia,
Dai-nos o bom conselho,
Dai-nos apoio, instrução espiritual que necessitamos,
Para dar aos nossos inimigos,
O amor e a misericórdia, que lhe devemos pelo amor de Nosso Senhor Jesus Cristo,
Para que todos os homens sejam felizes na terra, e possam viver sem amarguras, sem lágrimas e sem ódios.
Tomai-nos Zé Pelintra sob vossa proteção,
Desviai-nos dos espíritos atrasados e obsessores,
Enviados por nossos inimigos encarnados e desencarnados e pelo poder das trevas.
Iluminai nosso espírito, nossa alma, nossa inteligência e nosso coração abrazando-nos na chama do vosso amor por nosso Pai Oxalá.
Valei-nos Zé Pelintra nesta necessidade,
Concede-nos a graça do vosso auxílio junto ao Nosso Senhor Jesus Cristo,
Em favor deste pedido ( faz-se o pedido ).
E que Deus nosso Senhor em sua infinita misericórdia,
nos cubra de bênçãos e aumente a vossa luz e vossa força,
Para que mais e mais possa espalhar sobre a terra a caridade de Nosso Senhor Jesus Cristo.
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Aonde é que exú mora?
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Plantei meu tridente na rua...
Pessoal, esse é o terreno onde será construído o Centro de Umbanda Cavaleiros de Ogum, em Planaltina (DF). Já levamos o pedreiro para fazer um orçamento e, em breve, deve começar a construção do muro. Contamos com a participação de todos.
sexta-feira, 31 de julho de 2009
Por quê, nós umbandistas?
Por que nós umbandistas insistimos em ficar discutindo quais são os Orixás que devem ser cultuados na Umbanda e nos esquecemos que, independentemente dos nomes, Eles são um complexo vibracional e energético representados pelas Forças da Natureza? Por que, nós umbandistas, que cultuamos as Forças da Natureza, como manifestação Divina de Sua Infinita Sabedoria e Misericórdia, somos os primeiros a sujá-las com despachos e oferendas e quase nunca limpando o que sujamos?
Porque nós umbandistas, corremos de terreiro em terreiro somente para criticar este ou aquele dirigente, nos esquecendo que mesmo sendo diferentes de nossa maneira de pensar, estão praticando Caridade?
Por que nós umbandistas, não nos preocupamos mais com os falsos "Pais no Santo"? Por que nos limitamos em dizer que está errado cobrar trabalhos ou consultas, assediar sexualmente, obter benefícios materiais com a prática da religião e não tomamos uma atitude mais enérgica?
Por que, nós umbandistas, não buscamos nos instruirmos mais para podermos esclarecer mais?Porque, nós umbandistas, ao invés de nos orgulharmos das entidades que trabalhamos, e vivermos dizendo que foi "meu caboclo que resolveu", não buscamos ser motivo de orgulho para elas vivenciando as suas mensagens?
Por que, nós umbandistas, afirmamos que respeitamos todas as religiões, quando não conseguimos respeitar ou compreender, uma pequena discrepância litúrgica, natural de se encontrar de terreiro para terreiro?
Por que nós umbandistas, quando questionados sobre qual religião seguimos, dizemos quando muito, que somos espíritas, quando não o somos? Precisamos parar de mentir para nós mesmos e de desrespeitar os ensinamentos valorosos da Umbanda! Precisamos parar de sermos omissos.
Precisamos deixar de ter "vergonha" de dizer que SOMOS UMBANDISTAS! Precisamos compreender melhor a Umbanda e a nossa missão e objetivos dentro Dela! Porque ser umbandista não é só colocar a roupa branca e ir para o terreiro. É ter a mente e o coração limpos de interesses excusos. É ser humilde e caridoso! É carregar a bandeira da Umbanda com Amor e Fé!Precisamos aprender a SER UMBANDISTAS DE VERDADE!
Porque ser Umbandista é SER EXEMPLO DE MORAL E VIRTUDE!
Mãe Luzia Nascimento - Sacerdotisa de Umbanda e Dirigente do Centro Espiritualista Luz de Aruanda
quinta-feira, 30 de julho de 2009
Festa de Xangô
Como já estavam me cobrando, resolvi postar essa foto da festa de Xango, o grande orixá da justiça. Nesse dia, nosso irmão Caio colocou a mão na massa e fez esse amalá que todos estão vendo. O axé foi maravilhoso.
Bondoso São Jerônimo, o vosso nome Xangô, nos terreiros de Umbanda, desperta as mais puras vibrações. Protegei-nos, Xangô, contra os fluidos grosseiros dos espíritos malfazejos, amparai-nos nos momentos de aflição, afastai de nossa pessoa todos os males que forem provocados pelos trabalhos de magia negra.
Rogamo-vos, também, São Jerônimo, usar de nossa influência caridosa junto às mentes daqueles que por ambição, ignorância ou maldade, praticam o mal contra os seus irmãos empregando as forças elementais e astrais inferiores. Iluminai a mente desses irmãos, Afastando-os do erro e conduzindo-os à prática do bem.
quarta-feira, 29 de julho de 2009
Pretos-Velhos
A PRIMEIRA, eu dei a estes indiferentes que aqui vem à busca de distração, para saírem ironizando aquilo que suas mentes ofuscadas não podem conceber…
A SEGUNDA , a esses eternos duvidosos que acreditam , desacreditando, na expectativa de um milagre que os façam alcançar aquilo que seus próprios merecimentos negam.
A TERCEIRA, distribui aos maus, aqueles que somente procuram a umbanda, em busca de vingança, desejando sempre prejudica a um seu semelhante.
A QUINTA, chega suave, tem o riso, o elogio da flor dos lábios, mas se olharem bem o seu semblante, verão escrito: creio no umbanda, nos teus caboclos e no teu zambi, mas somente se vencerem o meu caso, ou me curarem disso ou daquilo.
A SEXTA, eu dei aos fúteis que vão de centro em centro não acreditando em nada, buscam aconchegos e conchavos e seus olhos revelam um interesse diferente.
A SÉTIMA, filho, nota como foi grande e como deslizou pesada? Foi a ultima, aquele que vive nos “olhos” de todos os orixás. Fiz doação dessas aos médiuns vaidosos que só aparecem no centro em dia de festa e faltam as doutrinas. Esquecem que existem tantos irmãos precisando de caridade e tantas criancinhas precisando de amparo materno e espiritual
Assim, filho meu, foi para esses todos, que vistes cair, uma a uma. As seteLágrimas de um preto velho.
Autor Desconhecido
A projeção e as formas-pensamentos
Há alguns anos atrás passei por algumas dificuldades, tanto ná área financeira quanto no campo afetivo. Foi uma fase muito difícil da minha vida, porém, analisando a fundo tudo o que estava passando e buscando despertar minha consciência, soube canalizar forças e superar minhas dificuldades Para isso, contei com a ajuda de irmãos espirituais que estiveram ao meu lado, não como “babás espirituais”, mas como amigos dispostos a me orientar e amparar, sem a intenção paternalista de percorrer o caminho que só cabe a mim percorrer. Entre estes espíritos amigos, está um que se apresentou como sendo o exu Sr. Tranca-Ruas.
Certa noite, já de madrugada, despertei projetado fora do corpo físico, no corredor da minha casa, que liga a sala com a cozinha. Antes que pudesse pensar em fazer qualquer coisa, algo me chamou a atenção no fundo do corredor. Era uma forma monstruosa, parecida com aquele fantasma verde do filme Ghostbusters – Os caça-fantasmas! Ela veio voando na minha direção e me atravessou. Olhei para trás e vi outro monstro, parecido com o primeiro, que também voou na minha direção, me atravessando. Pensei, então: – Meu Deus, são espíritos obsessores! Estou sendo assediado.
Imediatamente, comecei a rezar o Pai- Nosso, mas não consegui terminar. Aqueles monstros não paravam de voar, atravessando meu perispírito, fazendo caretas e me provocando no intuito de me assustar. E estavam conseguindo! Recomecei a orar, e nada de conseguir terminar a prece. Então, não tem jeito! – pensei. Preciso pedir auxílio a algum guardião! Iniciei, mentalmente, uma das preces cantadas do exu Sr. Tranca-Ruas. Assim que comecei a entoar seu ponto de evocação, um espírito de estatura mediana, vestindo uma camisa preta, lenço vermelho na cabeça e segurando uma espécie de cajado em uma das mãos, atravessou a porta que sai do terraço para a sala de estar. Entrou e, antes que me dissesse qualquer coisa, fui logo pedindo socorro. Disse que estava sendo assediado por espíritos obsessores monstruosos. Ele, então, com muita serenidade e confiança me respondeu: – Não são espíritos obsessores. São formas-pensamento. São criações emanadas da sua mente. Todos os seus medos e insegurança estão gerando essas formas que estão te assustando. – E o que posso fazer para acabar com elas? – perguntei ansiosamente. – Autoconfiança! Se você confiar mais em si mesmo, em seus potenciais, bastará dizer “sumam!” e elas desaparecerão para sempre. Quer ver? Neste momento, ele ergueu seu cajado e bateu com força, mas sem violência, no chão, e imediatamente aquelas formas-pensamento desapareceram. Senti uma força me puxar de volta ao corpo físico e acordei (na verdade já estava acordado, só que fora do corpo), voltando a manifestar minha consciência no plano físico denso. Levantei-me da cama e fui beber um copo d’água, refletindo nos ensinamentos que aquele espírito amigo havia me passado.
Realmente, quantos de nós somos responsáveis pelas dificuldades por que passamos! Quantas vezes, devido a nossa imprudência, atraímos situações que nos causam sofrimento que poderíamos evitar se vivêssemos com maior lucidez espiritual. Quantas vezes geramos pensamentos de medo, acreditando que somos incapazes de superar determinada situação, nos sentindo cada vez mais fracos. E o que é pior, passamos a usar drogas ou medicamentos na ânsia de acabar com nossa angústia. Isso quando não acreditamos que alguém fez magia negra contra nós ou que estamos sendo obsediados. Na maioria das vezes, nós mesmos é que somos os culpados. Podemos chamar isso de auto-obsessão. E quando determinada idéia é constante em nossa mente (monoideísmo) acabamos gerando as formas-pensamento. As formas-pensamento irão permanecer em torno do nosso campo mental, “gravitando” ao nosso redor, pois nós as alimentamos com nossa energia. Elas parecem ter vida própria, mas na verdade obedecem automaticamente a determinados padrões de manifestação, alguns, inclusive, que fazem parte do inconsciente coletivo. Muito médiuns clarividentes as confundem com espíritos, mas não são.
No meu caso, bastou que eu tomasse consciência de determinados pensamentos negativos que eram comuns, a ponto de serem gerados inconscientemente, para iniciar o processos de desintegração daquelas formas-pensamento. O processo de autoconhecimento é eterno. Trabalhemos sempre nele para que possamos nos libertar da cadeia de sofrimento em que vivemos, o sansara, como diz a sabedoria oriental. Conheça-te a ti mesmo! Eis a lição libertadora!